Levantamento aponta que mais de 90% dos municípios do país não estão preparados para enfrentar eventos climáticos extremos
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Cidades Sustentáveis revelou que mais de 90% das cidades brasileiras não estão investindo adequadamente em medidas de prevenção de tragédias climáticas. O estudo, que analisou 25 estratégias para lidar com eventos como enchentes, inundações e deslizamentos de terra, constatou que apenas 6% dos municípios do país estão preparados para enfrentar tais situações.
Entre os critérios avaliados na pesquisa estavam a presença de medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação do Solo, a existência de uma legislação específica para ações de combate a catástrofes causadas pelo clima, a implementação de um plano municipal de redução de riscos, a elaboração de um mapa de áreas vulneráveis, a adoção de um programa habitacional para abrigar pessoas afetadas e a elaboração de um plano de contingência.
No Rio Grande do Sul, estado analisado pela pesquisa, os resultados também são preocupantes. Das 497 cidades que compõem o estado, 304 apresentam menos de 20% das estratégias necessárias para lidar com eventos climáticos extremos.
Na capital, Porto Alegre, embora a situação seja um pouco melhor em comparação com outras cidades do estado, ainda há muito a ser feito. Apenas 44% das estratégias avaliadas estão implementadas na capital gaúcha, indicando que há espaço para melhorias significativas na preparação da cidade para enfrentar desastres climáticos.
Diante desses resultados, especialistas alertam para a importância de investimentos em medidas de prevenção e preparação para desastres naturais, destacando a necessidade de uma ação urgente por parte das autoridades municipais e estaduais para garantir a segurança e o bem-estar da população diante das mudanças climáticas cada vez mais frequentes e intensas.
Foto: Nelson Almeida / Metsul / Reprodução