Entre os parlamentares suspensos está o gaúcho Marlon Santos
A Executiva Nacional, a Comissão de Ética e os presidentes do Movimentos Sociais do PDT decidiram, na manhã desta quarta-feira, 17, instaurar processo disciplinar contra os oito deputados federais que desrespeitaram decisão partidária e votaram a favor da Reforma da Previdência. Por decisão da maioria, os deputados também estão com suas representações partidárias suspensas até que o processo seja concluído – o que pode demorar até 60 dias.
A decisão vem na esteira da deliberação do Diretório Nacional do partido, reunido em março, que fechou questão por unanimidade contra a Reforma da Previdência apresentada pelo atual governo. De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, a decisão do Diretório Nacional é soberana e representa todas as instâncias partidárias. O Partido também deliberou que filiados que façam parte de grupos de financiamento externo não receberão legenda do PDT para disputar eleições. “O Diretório nacional decidiu. Temos uma proposta paralela que Ciro está nos ajudando a levar à todos os cantos do Brasil e que achamos que seja uma reforma justa. Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas. E somente no dia da votação, depois de meses de discussões internas, os parlamentares se posicionaram a favor desta covardia contra os trabalhadores brasileiros. Mas é importante lembrar também que ainda terá uma segunda votação na Câmara, em agosto. O ser humano vive da evolução. E acho que todos podem evoluir durante esse processo”, previu Lupi.
Entre os deputados penalizados está o gaúcho Marlon Santos que, inclusive, chegou a desafiar a cúpula do partido, caso fossem tomadas medidas punitivas contra os parlamentares que fossem contrários a decisão da Executiva Nacional. Além de Santos, estão suspensos os deputados Tabata Amaral (SP), Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). Ao todo, o PDT conta com 27 deputados.
A partir de hoje, a Comissão de Ética do partido, que conta com cinco membros permanentes e mais três suplentes, inicia o processo disciplinar contra os parlamentares. Todos terão amplo espaço de defesa, onde poderão expor todas as variáveis que os levaram a desrespeitar a decisão do Diretório Nacional – maior instância partidária. Depois, um relatório será encaminhado à Executiva Nacional da legenda, que por sua vez, levará ao pleno do Diretório Nacional. A decisão poderá levar até 60 dias.
Enquanto o processo não chegar à decisão final, todos os oitos parlamentares estão com todas as suas representações partidárias suspensas, seja no Congresso Nacional ou nos seus estados de origem.
Fonte: Executiva Nacional do PDT e Redação
Foto: Reprodução