Comprovante seguirá obrigatório em atividades de maior risco ou aglomeração, como competições esportivas, festas e casas noturnas, cinemas, teatros, shows e demais ambientes de espetáculo, feiras, exposições e congressos, parques de diversão, temáticos, aquáticos e de aventura, jardins botânicos e zoológicos, além de outros atrativos turísticos

O Governo do Rio Grande de Sul flexibilizou, mais uma vez, os protocolos sanitários da covid-19. Dessa vez, entre as mudanças está a não obrigatoriedade do passaporte vacinal aos municípios que tiverem mais de 90% da cobertura vacinal completa (duas doses ou vacina de dose única). A mudança foi anunciada na quarta-feira, 17, após reunião do Gabinete de Crise, que analisou os indicadores da pandemia no Estado. Além da retirada da exigência do passaporte, ambientes como estádios de futebol poderão receber capacidade máxima, sem limitação de público como vinha sendo exigido. As medidas deverão ser publicadas na sexta-feira, 19, em novo decreto no Diário Oficial do Estado e passam a valer no sábado, 20.

A novidade também está na retirada de multas para descumprimento de medidas. No entanto, o governo manteve a exigência de pelo menos quatro protocolos que já vinham sendo adotados desde o início da pandemia, em março do ano passada. Utilização de máscara em locais fechados ou em pontos de aglomeração, isolamento domiciliar de pessoas que apresentarem sintomas ou que tiveram contato com infectados, disponibilização de álcool em gel e apresentação do comprovante vacinal em eventos e atividades de maior risco ou aglomeração.

De acordo com o Gabinete de Crise, o comprovante vacinal seguirá obrigatório em atividades de maior risco ou aglomeração, como competições esportivas, eventos de entretenimento (festas) e casas noturnas, cinemas, teatros, shows e demais ambientes de espetáculo, feiras, exposições e congressos, parques de diversão, temáticos, aquáticos e de aventura, jardins botânicos e zoológicos, além de outros atrativos turísticos. Para as demais atividades, se torna uma recomendação.

No entanto, municípios com 90% da população adulta com o esquema vacinal completo ficam autorizados a adotar o comprovante de vacinação como recomendação, e não exigência, em todas as atividades, incluindo as de maior risco. No entendimento do Gabinete de Crise, o percentual de 90% de vacinados representa maior segurança quanto ao risco de contágio. “Os municípios que chegaram a 90% do esquema completo já vacinaram praticamente todas as pessoas, é o índice recomendado em qualquer campanha vacinal. Nesses locais, com esse contingente imunizado, as pessoas estão mais protegidas, por isso podemos colocar em prática esse novo modelo de diferenciar pelo andamento da vacinação”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Atualmente, 65,2 da população gaúcha já está com o esquema vacinal completo, ou seja, com as duas doses ou vacina de dose única. De acordo com o governo, para alcançar a cobertura de 90% da população vacinável, é necessário imunizar ainda 1.423.574 pessoas – cerca de 1/6 dessa população.

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil