A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) finda o ano de 2017 destacando as diversas realizações da entidade. Para 2018, as perspectivas são positivas, tanto para o volume do comércio, como para os preços das commodites.

Segundo o presidente, Volnei Benini, um dos destaques de 2017 foi a realização da Fimma Brasil, que superou as expectativas tanto de organizadores quanto de expositores. Além disso, houve o Congresso Movergs, um importante espaço de debates sobre o setor moveleiro. Outra questão pontual foi o apoio da entidade no processo de votação da Reforma Trabalhista no Congresso Nacional. “Acreditamos que a modernização das leis trabalhistas e as alterações previdenciárias são pilares importantes para a retomada da economia brasileira”, analisa.

O Setor moveleiro também comemorou a revogação da MP 774 sobre a Desoneração da Folha de Pagamento. “O aumento da carga tributária fragilizaria ainda mais o setor, que já vem lutando para se manter estável dentro do cenário de instabilidade econômica do Brasil e que precisa de incentivos, ao invés de aumento de alíquotas”, frisa.

Um destaque especial de 2017 foi a conclusão do “Centro Empresarial de Bento Gonçalves” que deixou evidente a importância da união, parceria e integração entre as entidades. “Mais do que isso, ele é uma aspiração que se tornou realidade e converge para o fortalecimento das entidades – Movergs, CIC e Sindmóveis, do empresariado e do nosso município”, salienta.

O dirigente ainda enfatiza que o ano que passou foi de retomada gradual da economia e de crescimento efetivo, porém moderado, principalmente a partir do último quadrimestre de 2017. “O posicionamento da indústria tem sido de cautela devido às dificuldades que o segmento tem enfrentado nos últimos anos, porém os indicadores do setor nos permitem projetar a retomada do crescimento”, destaca. Segundo ele, a produção em volume de móveis no Brasil chegou a 42 milhões de peças em agosto, alta de 12,9% em relação ao mês anterior; no Rio Grande do Sul, a produção chegou a 7 milhões de peças no mesmo período, uma alta de 10,5% em relação ao mês de julho e de 0,8% no ano; as exportações no Brasil, registraram o valor de US$ 59,2 milhões em agosto, alta de 10,3% em comparação ao mês anterior; por sua vez, as exportações gaúchas alcançaram US$ 18,3 milhões em agosto, crescimento de 23,7% em relação ao mês de julho.

Para o ano vindouro, as perspectivas são positivas tanto para o volume do comércio (aceleração do crescimento projetado para 3,8%) como para os preços das commodites (variação positiva de dois índices, pela primeira vez desde 2013). “Assim, se o cenário básico do FMI se confirmar, a evolução da economia global favorecerá a economia brasileira e deve contribuir para o início da superação da crise atual”, explica.