A vida de Denise, moradora de Bento Gonçalves, mudou drasticamente no início deste ano, quando recebeu o diagnóstico do Câncer de Mama. Foi um período de incerteza e medo, mas também de união, apoio familiar e redescoberta da fé. “Meu filho Leonardo e meu marido Vanderlei, estiveram comigo desde o primeiro momento, sem perder a fé ou a confiança”, relembra.
Natural de São Borja, Denise está há 15 anos em Bento Gonçalves, para onde veio em busca de melhores oportunidades de trabalho.
Denise descobriu a doença em janeiro, após decidir, quase no último momento, realizar seus exames anuais. “Estava decidida a não fazer o exame este ano, mas algo me deu um estalo”, conta. A decisão, que inicialmente seria adiada, revelou-se crucial para sua saúde. “Se tivesse deixado para depois, o médico disse que poderia ser tarde demais”, revela.
O diagnóstico foi um baque. Ao receber a notícia de que tinha câncer, Denise ficou abalada. “Saí do consultório sem chão. A sorte é que meu marido estava comigo”, conta. O médico tentou tranquilizá-la, explicando que a doença estava em estágio inicial e que as chances de sucesso no tratamento eram grandes. Porém, a sensação de incredulidade dominava Denise nos primeiros momentos. “Para mim, era difícil acreditar que isso estava acontecendo”, complementa.
Papel da Liga de Combate ao Câncer
Após o diagnóstico, Denise foi encaminhada para o Sistema Único de Saúde (SUS), onde iniciou seu tratamento. Mesmo com a demora no início dos procedimentos, a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves entrou em cena, acelerando o processo e oferecendo suporte emocional. “Fui muito bem atendida. Eles me acolheram e me ajudaram em tudo. Sou muito grata à Liga de Bento”, diz Denise, emocionada.
A cirurgia foi realizada em maio e, em seguida, Denise iniciou 15 sessões de radioterapia, terminando o tratamento em agosto. A fé desempenhou um papel central em sua recuperação. “A minha fé me curou. Senti que estava curada, e em fevereiro, farei novos exames para ter certeza”, compartilha.
Durante o tratamento, Denise encontrou apoio na convivência com outros pacientes, em que o foco das conversas era sempre positivo. “Nós procurávamos falar de outros assuntos, uma apoiando a outra”, pontua.
Impactos na vida
O diagnóstico trouxe um impacto emocional enorme na vida de Denise. “Não queria fazer nada, parecia que tudo tinha acabado”, relembra.
Denise contou com o apoio de sua família, além da Igreja, que desempenhou um papel importante. “Uma irmã da Igreja orou por mim e senti uma cura imediata naquele momento. A partir dali, me senti mais fortalecida”, frisa.
Denise reflete que a doença mudou sua forma de encarar a vida. “Deixei de me preocupar com picuinhas e pessoas que tentam me colocar para baixo. O câncer me fez pensar que a vida é única e devemos aproveitá-la ao máximo”, evidencia.
Agora, Denise deverá tomar uma medicação preventiva por cinco anos para garantir que não haja reincidência. Mesmo sabendo dos possíveis efeitos colaterais, ela se mantém firme e otimista. “O médico disse que pode causar algumas dores no corpo, mas isso não me incomoda. O importante é seguir em frente”, salienta.
Renascimento
Quanto ao futuro, Denise se considera renascida. “Eu nasci de novo, e quero aproveitar ainda mais minha família. Somos só três, mas somos muito felizes”, diz.
Denise deixa uma mensagem inspiradora para outras mulheres que enfrentam a doença. “Nunca percam a fé. Deus nunca nos dá um fardo que não possamos carregar. O câncer foi uma lição de vida para mim, mas nunca perdi a esperança. Acreditem sempre na cura, façam seus exames, nunca deixem para amanhã. A prevenção salva vidas”, destaca.