O preço da saca já é considerado o maior em 28 anos segundo Cepea

A bebida querida dos brasileiros passou por uma alta marcante nos últimos meses. Segundo informações da CEPEA/ESALQ, a saca de 60kg chegou à marca histórica de R$ 2.565,86, com o pacote de 1kg podendo chegar a R$ 45,96 nas prateleiras do mercado. Entretanto, esse repasse ao consumidor representa apenas 30% do aumento real do grão.

As cafeterias já sentiram essa diferença de valores e optaram por diferentes alternativas para manter o cafezinho com um preço mais acessível.

Ricardo Isele, franqueado de uma rede de cafés, conta que foi possível absorver o aumento sem repassar ao consumidor. Para isso, buscaram melhores negociações de outros insumos, sem precisar trocar de marca ou fornecedor ou limitar a oferta. A rede de cafeterias também oferece opções de bar e restaurante, e possuí a oferta do café de cortesia para os clientes que almoçam entre as 11 horas e as 14horas. “Na nossa loja de Bento Gonçalves são vendidos em torno de 25 cafés por dia, entre o simples carioca até cafés especiais todos os dias. Além disso, bonificados em torno de 20 a 25 cafés devido a nossa cortesia de almoço”, explica o franqueado.

Reajustes nos preços do café

Já para Vanderlei Dalla Costa, gerente e sócio de uma cafeteria em Bento Gonçalves, a opção foi manter um estoque do grão antes que este aumentasse mais.  “Quando notamos esses aumentos, compramos estoque para 5 ou 6 meses”, explica. Desta forma, foi possível manter o preço do café estável e repassar somente os aumentos anuais de praxe.

Costa e Isele afirmam que será preciso repassar o aumento para o consumidor em um momento futuro, mas já trabalham es estratégias para que o consumidor não deixe de lado o cafezinho.