A Igreja Matriz de Garibaldi está prestes a realizar um sonho antigo de sua comunidade católica: a restauração de seu icônico órgão de tubos. O instrumento, que foi instalado na igreja em 1951 e está fora de funcionamento há cerca de 10 anos, será enviado para Novo Hamburgo para uma recuperação completa. Embora ainda não haja uma data específica para a transferência, a notícia já causa grande expectativa entre os fiéis.
A tarefa de restaurar o órgão ficará a cargo de Fabio Bohn, neto do criador original do instrumento, Edmundo Bohn. O processo de restauração é projetado para levar cerca de um ano. Durante esse período, todas as 1.189 flautas e teclados do órgão serão meticulosamente inspecionados e restaurados. As flautas variam em tamanho de 15 centímetros a quatro metros de altura. O sistema de tubos é alimentado por canos de chumbo e conta com 18 conjuntos de sons e três teclados, conferindo ao instrumento uma rica e complexa sonoridade.
O projeto tem como objetivo preservar o máximo possível das peças originais do órgão. As partes que não puderem ser recuperadas serão substituídas por componentes importados da Alemanha. As peças substituídas serão exibidas na Igreja Matriz, oferecendo aos visitantes uma visão da evolução e dos esforços de restauração, conforme relatado pelo pároco frei Edson Cecchin.
Para cobrir os custos, que são estimados em R$ 340 mil, a paróquia lançou uma campanha de arrecadação no mês passado. Segundo o frei, a resposta da comunidade tem sido positiva, refletindo o valor histórico e cultural que o órgão representa para Garibaldi.
Após a restauração, a paróquia deve dar início às aulas para interessados em aprender a tocar o instrumento secular, como forma de utilizá-lo também nas celebrações do templo que também foi recentemente restaurado.
Conforme a Paróquia São Pedro, o instrumento musical é um dos poucos existentes no Brasil. Além do exemplar em Garibaldi, outros dois órgãos semelhantes estão localizados na Igreja São José, em Porto Alegre, e em Novo Hamburgo, cidade onde reside a família do criador do instrumento, Edmundo Bohn.
Foto: Assessoria de Comunicação Paróquia São Pedro / Reprodução