RESGATE HISTÓRICO

Tenho sido um crítico incondicional ao descaso, ao desrespeito dos nossos governantes – TODOS, de todos os partidos – para com as rodovias da nossa região ou que ligam o Estado a ela. A RS-122, depois de destroçar muitos pneus, rodas e suspensões, causando prejuízos enormes aos usuários, teve, FINALMENTE, os buracos e panelas tapados (meia-sola, mas melhor que deixá-los como estavam). A RS-431, a RS-453, a ERS-470 (esta última recebeu uma meia-sola também, mas, a exemplo das demais, carece de sinalização horizontal adequada) e a RS-444 estão exigindo, há muito tempo, especial atenção. A atenção que não está recebendo. Em razão dessas minhas lutas, recebi e-mail do promotor aposentado, Daltro Antunes de Abreu, hoje residente em Porto Alegre, mas que com assiduidade visita Bento Gonçalves, Terra onde tem familiares e amigos. Daltro é filho de um bento-gonçalvense já falecido, Plauto de Abreu, que foi deputado estadual em 1955. No e-mail Daltro faz um relato interessante sobre a ERS-470 (que já recebeu outras denominações). Como entendo que temos que sempre “dar a césar o que é de césar”, julguei importante transcrever seu e-mail. Vamos a ele. Leia, é bom para saber como as coisas aconteceram.

COMO NASCEU A RODOVIA

Daltro Antunes de Abreu escreveu: “Desde 1955, quando meu pai Plauto de Abreu foi deputado estadual, acompanhei a luta dele pelas estradas que eram e são indispensáveis para toda a nossa região e até para a segurança nacional. Desde piá, ouvia meu saudoso pai falar na BR 470, rodovia federal que, saindo de Itajaí, SC, toma o rumo Leste/Oeste até proximidades de Campos Novos e, dali, dirige-se para o Sul, no projeto de então, passando por Lagoa Vermelha, Nova Prata, Veranópolis, Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Barão, Montenegro, Polo Petroquímico e indo diretamente para o porto de Rio Grande (sem entrar em Porto Alegre, como acontece com a BR 116, BR 101, BR 386, etc). Pensava ele em uma estrada voltada principalmente para o escoamento da produção de mais de 150 municípios gaúchos e catarinenses. Seria necessário construir uma ponte sobre o Rio Pelotas/Uruguai, na divisa com SC.” Como se vê, Plauto de Abreu foi um dos maiores batalhadores para termos a nossa Rodovia São Vendelino.

…E CRESCEU

Continua Daltro: “Para tanto, dedicou seu mandato como deputado à luta pela abertura da Estrada de São Vendelino (lembro-me de ter ido, de jipe, com ele e um engenheiro, pela “estradinha de colônia” que servia o então Distrito de São Vendelino), que ele considerava um passo inicial, já que, como afirmava; – Bento é uma ilha cercada de asfalto por todos os lados! E dizia mais: – Essa estrada (São Vendelino + BR 470) vai estabelecer um marco para BENTO ANTES DA ESTRADA e DEPOIS DA ESTRADA. Pouco a pouco, a São Vendelino foi saindo. Quando concluída, houve uma solenidade com autoridades reunidas no trevo principal de acesso a Bento. No dia da inauguração, meu pai estava acamado, vítima do primeiro infarto do miocárdio. Pediu-me, então, que fosse espiar o acontecimento já que ele não havia sido convidado para a solenidade. Fui e ouvi vários discursos, de vários políticos que se titulavam “pais da estrada”, sem que houvesse qualquer menção ao nome de meu pai. A Rodovia São Vendelino, pela qual ele tanto lutou, serviu para apressar a última viagem que ele fez, transportado em ambulância do Hospital Tacchini para o Instituto de Cardiologia, em P. Alegre, onde faleceu em 20 de novembro de 1976”.

E A LUTA CONTINUOU

Na sequência do e-mail, Daltro afirma: “Ainda em vida e prosseguindo na luta pela BR470, viajava para todos os municípios interessados na abertura da estrada e também para Brasília onde manteve vários contatos com o então Ministro dos Transportes, Gen Dirceu Nogueira (que era seu amigo quando Comandante do Batalhão em Bento). Ele percebeu que teria que dividir o trabalho em etapas: a) a São Vendelino; b) a ponte sobre o Rio Pelotas / Uruguai; c) a continuidade da rodovia conforme projeto que ele idealizava, desde aquela época, EM DUAS VIAS, ou seja, já DUPLICADA para evitar despesas dobradas com uma futura e inevitável duplicação. Belo sonho, não? Visão antecipada do futuro.” E o relato interessante da Daltro continua.

SEM O DEVIDO RECONHECIMENTO

Quando a ponte do Pelotas / Uruguai foi inaugurada, fui até o local para conhecer a obra. Meu Pai já era falecido havia uns cinco anos quando a ponte ficou pronta e eu e meus irmãos estivemos lá faz cerca de cinco anos. Lá, junto à cabeceira Sul da ponte, há uma placa alusiva à inauguração, com o nome de vários outros políticos “responsáveis por aquela realização”, sem qualquer referência ao nome de Plauto de Abreu, que foi, sem dúvida quem iniciou todo o trabalho em prol daquela construção”. Como se pode constatar, há um resgate histórico a ser feito para homenagear, mesmo que postumamente, Plauto de Abreu. Fiz o registro do e-mail para conhecimento de todos. Já manifestei várias vezes minha desconformidade com “homenagens” a falecidos, já que eles merecem isso quando vivos, para saber que são reconhecidos pelo que fazem ou fizeram. Mas, quando vivos são esquecidos, ela se faz necessária.

CULPA DE QUEM?

Impressiona a forma sistemática e contundente com que “jornalões”, “revistonas” e grandes redes de televisão estão conduzindo as “informações” no Brasil. Coloco entre aspas porque estão longe de serem “informações”. São, isto sim, “opiniões” perfeitamente conduzidas e identificadas. Economistas, articulistas e colunistas são funcionários ou contratados deles para emitir suas opiniões, desde que “fechem” com os interesses desse tipo de “imprensa” que faz e diz o que bem entende. O compromisso com a INFORMAÇÃO foi para o espaço. Tudo passou a ser politizado. E nem é preciso ser muito inteligente para constatar isso. Agora a Rede Globo, a exemplo de outros meios de “comunicações” (?) elegeu a “inflação” como seu “cavalo de batalha”. Os interesses da população estão sepultados. As campanhas para conter os abusos que se verificam em razão da tal de “ECONOMIA DE MERCADO”, onde os poderosos metem a mão no bolso do consumidor inexistem. Querem porque querem o aumento dos juros, da contenção do consumo, a recessão. Qual o objetivo deles?

QUEREM O QUÊ, AFINAL?

Impressiona a forma sistemática e contundente com que “jornalões”, “revistonas” e grandes redes de televisão estão conduzindo as “informações” no Brasil. Coloco entre aspas porque estão longe de serem “informações”. São, isto sim, “opiniões” perfeitamente conduzidas e identificadas. Economistas, articulistas e colunistas são funcionários ou contratados deles para emitir suas opiniões, desde que “fechem” com os interesses desse tipo de “imprensa” que faz e diz o que bem entende. O compromisso com a INFORMAÇÃO foi para o espaço. Tudo passou a ser politizado. E nem é preciso ser muito inteligente para constatar isso. Agora a Rede Globo, a exemplo de outros meios de “comunicações” (?) elegeu a “inflação” como seu “cavalo de batalha”. Os interesses da população estão sepultados. As campanhas para conter os abusos que se verificam em razão da tal de “ECONOMIA DE MERCADO”, onde os poderosos metem a mão no bolso do consumidor inexistem. Querem porque querem o aumento dos juros, da contenção do consumo, a recessão. Qual o objetivo deles?

ÚLTIMAS

  • Primeira: Reclamamos dos preços que sobem, mas você está fazendo sua parte? Continua comprando tomate e cebola, por exemplo, pagando o absurdo que nos querem impor?
  • Segunda: Que tal pesquisar preços? Que tal não comprar quando é abusivo? Costumo abastecer em Porto Alegre, sempre que vou para lá. Nesta quarta-feira abasteci pagando R$ 2,62 por litro de gasolina aditivada;
  • Terceira: Não sei o motivo da diferença brutal de preços de Porto Alegre para Bento Gonçalves, mas por aqui também há preços mais baratos. O Procon pesquisa combustíveis e publica. Mas há quem “goste” de pagar mais caro. Por isso os preços são altos;
  • Quarta: Há jornalistas formados que não entendem um ovo de jornalismo; há bacharéis em direito que não são advogados; há contadores que não entendem de contabilidade. Enfim, um título superior não é garantia de ser “profissional”;
  • Quinta: Interessante! Há “jornalistas” que têm chiliques quando não formados na área atuam na imprensa. Mas esses mesmos “jornalistas” se julgam no direito de dar pitacos em medicina, economia, direito, sociologia, psicologia, qualquer coisa;
  • Sexta: A assessoria de comunicação da Prefeitura anuncia para amanhã, domingo, obras na Via Del Vino. A retirada dos postes e demais serviços para regularizar a Via começam;
  • Sétima: Vi, esta semana, agentes de trânsito multando quem não paga Área Azul (estacionamento pago). Se isso for normatizado, a Fundação Consepro poderá fazer muito pela segurança pública;
  • Oitava: : Dilma reduziu 30% o imposto sobre celulares smartphones com valor até R$ 1.500,00, brasileiros. Aposto que essa redução tributária não chegará ao consumidor, COMO SEMPRE;
  • Nona: Amanhã, às 16 h, na Montanha dos Vinhedos, o Esportivo joga sua classificação. Enfrenta o Santa Cruz precisando de vitória. Se conseguir, poderá jogar contra o Grêmio na próxima fase. O Esportivo precisará muito do apoio da torcida.