A ARENA DO GRÊMIO

Sim, amigos gremistas, muuuuiitoooo do GRÊMIO. Desde a década passada, quando o Conselho Deliberativo aprovou a negociação com a OAS. O Grêmio, pelo contrato, cedia o Estádio Olímpico e todo o entorno já devidamente liberado com as alterações necessárias na legislação para que edifícios pudessem ser construídos naquela área toda, além do entorno da própria ARENA. Tudo definido, em 20 de setembro de 2010 foi lançada a pedra fundamental da ARENA DO GRÊMIO e as obras iniciaram. A velocidade delas surpreendia a todos os que as visitavam, mesmo que semanalmente, como eu fazia, pois participava da Grêmio Empreendimentos. Obviamente, uma obra de tamanha magnitude, um contrato de tamanha abrangência exigiriam longas, demoradas negociações. Homens do porte de Alexandre Grendene, Ricardo Vontobel, Cláudio Mausch e outros além do presidente Odone e de Eduardo Antonini – incansável e dedicado presidente da Grêmio Empreendimentos –, acompanharam TODAS as negociações com dirigentes da OAS.

AS NEGOCIAÇÕES DA ARENA

Enquanto as obras da ARENA DO GRÊMIO davam corpo àquele que viria a ser o maior e melhor estádio multiuso da América, muitas negociações eram efetuadas entre os dirigentes. Sócios do Grêmio – havia mais de 50 modalidades de sócios, todas com características e épocas próprias – externavam suas preocupações no tocante ao seu acesso à nova ARENA. Conselheiros criaram associações de defesa dos interesses dos sócios. Isso não passou despercebido pelas direções. E os estudos sobre a migração dos sócios foram iniciados. Complexos estudos, diga-se. Das mais de 50 modalidades associativas, dezenas foram agrupadas, resultando em número razoável e perfeitamente administrável. A definição dos valores das localizações na ARENA DO GRÊMIO foi demorada, estudada, discutida. Tão logo se chegou a um denominador comum, a migração foi iniciada, com a preferência estabelecida. A garantia de que os sócios do Grêmio – patrimoniais, contribuintes, remidos e todos os que não pagavam ingresso para os jogos – tivessem seus lugares estabelecidos foi dada com a compra deles pelo Grêmio.

AS DEFINIÇÕES DA ARENA

Obviamente a Arena Porto-Alegrense – parceira do Grêmio no projeto ARENA – tinha que ser ressarcida pelo acesso dos sócios não pagantes. O Grêmio comprou mais de 24 mil lugares na ARENA para esses sócios. Para tanto, estudos efetuados projetavam uma arrecadação social superior a 65 milhões de reais anuais. A base foi o crescimento vertiginoso no número de associados, de forma que, com a nova ARENA dezenas de milhares de gremistas associar-se-iam e o pagamento anual dos lugares comprados pelo Grêmio, não reduziria a projeção de arrecadação social de algo em torno de 30 milhões de reais em 2012. O valor a ser pago sairia do incremento da arrecadação social originária desse crescimento no quadro social. Certamente, todos os cálculos foram feitos por ESTIMATIVA (tanto quanto foram feitos agora) já que não havia base histórica para se alicerçar tais números. Mas, a declaração de que “a ARENA não é do Grêmio” foi um balde de água fria na torcida do Grêmio. A ARENA não proporcionou o crescimento do quadro associativo. Isso foi um baque nas projeções efetuadas.

AS MUDANÇAS CONTRATUAIS

Alexandre Grendene disse várias vezes – e eu estava presente nas reuniões – que o Contrato era excelente para o Grêmio. Disse que não entendia como a OAS aceitava tais bases contratuais. Outros grandes gremistas e renomados empresários também referendaram essas palavras. Começou o ano e dez milhões de reais foram antecipados (dinheiro esse que a Arena Porto-Alegrense teria que pagar ao Grêmio, anualmente, independente da ARENA dar lucro ou prejuízo), além de quinze milhões antecipados de verbas da televisão. Contratações foram feitas visando montar um time capaz de conquistar a Libertadores. O primeiro trimestre de 2013 mostrou um déficit de 28 milhões de reais no balancete do Grêmio. O caixa estava apertado. Era necessário renegociar o Contrato inicial com a OAS. A direção fez isso. No início de junho as negociações foram concluídas e precisavam da aprovação do Conselho Deliberativo para o Aditivo Contratual ser assinado.

BOAS MUDANÇAS

Quando da reunião do Conselho Deliberativo, pedi a palavra. Nada havia para que os conselheiros pudessem avaliar para poder aprovar ou não as mudanças propostas. O Conselho Fiscal e a Comissão de Finanças do Conselho Deliberativo não puderam dar seu parecer porque não haviam recebido a documentação necessária e não houve tempo para reuniões para os Pareceres. Meu pedido, seguido por outros conselheiros, foi o do adiamento da votação, imperioso para que todos pudessem tomar ciência das modificações. A reunião do CD foi suspensa até a outra semana. Nesse período, os conselheiros puderam ter acesso às mudanças sugeridas. Na segunda-feira, dia 17 de junho, o Conselho Fiscal e a Comissão de Finanças deram seu parecer favorável às mudanças. O Conselho as aprovou por unanimidade. As modificações contratuais foram consideradas favoráveis pelos conselheiros.

O MEU PARECER

Tendo vivido todo Projeto ARENA do GRÊMIO desde seu nascedouro mais intensamente que a maioria dos gremistas, penso que posso opinar a respeito. Comunguei com o que disse Alexandre Grendene, Ricardo Vontobel, Cláudio Maush, Sérgio Pegoraro, tudo referendado por Nelson Pacheco Sirotski no seu pronunciamento no Conselho no dia 17 de junho: O contrato era bom para o Grêmio. A revisão contratual o tornou melhor ainda. Todavia, não tenho a menor dúvida de que o Aditivo melhorou o fluxo de caixa do Grêmio num primeiro momento. Mas, num futuro não muito distante deverá ser revisado. O Grêmio não corria nenhum risco porque todo o ônus era da OAS, a começar pelo financiamento bancário tomado. Agora o Grêmio dividirá com a OAS eventuais prejuízos advindos da ARENA, mesmo que haja limitações nessas responsabilidades. O Grêmio pagará para a Arena Porto-Alegrense bem menos do que havia sido definido anteriormente, mas perde a garantia de receber os dez milhões anuais (em valores a serem corrigidos anualmente). De qualquer forma, o sucesso da ARENA DO GRÊMIO dependerá muitíssimo dos gremistas. Quantos mais se associarem do Grêmio, melhor será para o Grêmio, para as conquistas, para o futuro do Grêmio. Associe-se, pois, prezado gremista. Há várias modalidades associativas. Uma delas caberá no seu bolso, certamente. O Grêmio precisa de seus torcedores. A hora é agora.

BOM-DIA, MAJOR MARINHO!

No sábado passado, conclamei o Major Marinho para colocar seus comandados em prontidão. Havia sido agendada uma manifestação grande em Bento Gonçalves para aquele dia. Pois o Major Marinho colocou seus policiais nas ruas da cidade e manteve a ordem, a disciplina dos manifestantes de maneira exemplar. A manifestação foi pacífica, ordeira, como seria lícito de se esperar vindo de uma gente civilizada como a que habita nossa cidade. O temor vinha de fora já que havia promessa de adesões de outros municípios. Foi tudo levado a efeito na santa paz. Parabéns, Major Marinho, extensivos aos seus comandados pela forma magnífica com que tudo foi conduzido. A Brigada Militar nos orgulha, Major. E aproveito para cumprimentar a toda a corporação pelo 7º aniversário do 3º BPAT. As homenagens recebidas são merecidíssimas. Parabéns a todos vocês, brigadianos, verdadeiros heróis, legítimos “mocinhos” desse bang-bang contra a marginalidade.

ÚLTIMAS

Primeira: No auge das manifestações anticorrupção, eis que o Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo paladino da moral, Joaquim Barbosa, concede aposentadoria a desembargador apanhado recebendo propina no Estado de Tocantins. Pode isso, Arnaldo?

Segunda: Prefeito Guilherme Pasin: que tal mandar seus fiscais dar uma olhada em todas as calçadas de Bento Gonçalves? As queixas de cadeirantes, idosos e pessoas que caminham por elas são grandes;

Terceira: Há municípios que, mesmo com lei específica obrigando os proprietários a fazerem a manutenção das calçadas, concedem reduções do IPTU aos que as mantem em boas condições. Não dá para pensar nisso, Prefeito?

Quarta: Obviamente aqui não vão críticas a sua administração. Os problemas com calçadas vêm de décadas. Mas, alguém terá que resolver isso um dia. Por que não a administração Pasin, hein, Prefeito?

Quinta: Anunciado o Passe Livre para estudantes em algumas regiões, inclusive no polo Bento/Caxias. Há muita gente curiosa para saber QUEM E QUAL o critério para beneficiar e QUEM e COMO será paga essa conta;

Sexta: Ontem à noite o Centro da Indústria, Comércio e Serviços – CIC/BG -, presidido por Jordano Zanesco, comemorou 99 anos de vida. Uma bela festa no Dall’Onder Grande Hotel foi realizada. Parabéns ao CIC/BG e a todos os que ajudaram a fazer sua vitoriosa história;

 

Sétima: Já imaginaram essa de corrupção ser considerado CRIME HEDIONDO? Vai faltar água para tantos colocarem as barbas de molho. Em todo o Brasil;

Oitava: 23º Congresso da MOVERGS será nesta quarta, dia 3, com palestrantes renomados: Germano Rigotto, Marcelo Prado, Clóvis de Barros e Maílson da Nóbrega. Imperdível. Ainda há tempo para se inscrever. Ligue para a MOVERGS;

Nona: Brasil X Espanha é tudo o que os amantes do futebol no mundo queriam ver. Pois será amanhã, às 19 h, no Maracanã. Tomara que sem bandidagens político-partidárias, que é o que está acontecendo, aliado a outras bandidagens;

Décima: Já estou com saudades de ver jogos do Grêmio. E você, gremista, já se associou ao Grêmio? O Brasileiro reinicia nesta quarta-feira. Ainda bem!