Representação
Tivemos a realização de dois grandes eventos de amplitude MUNDIAL, a COP26 e o G20. O G20 é o encontro dos líderes das vinte maiores economias do mundo e é uma prévia da COP26. Na COP26 os líderes mundiais estão negociando o nosso futuro na Conferência das Nações Unidas sobre a mudanças climáticas. Bolsonaro viajou para a Itália, mas pouco ou nada participou os encontros dos líderes. Os líderes das 20 maiores economias assinaram nesta semana uma série de compromissos para enfrentar as crises econômicas e sanitárias geradas pela pandemia da covid-19. A declaração dos chefes de Estado e de Governo do G20 foi subscrita por todos os participantes do encontro, entre eles o presidente Bolsonaro.
Representou?
A imprensa mundial, presente no evento G20, noticiou, com ÁUDIO e VÍDEO, tudo o que acontecia ali. E noticiaram que Bolsonaro “nos dois dias de debates, preferiu passear por Roma a buscar reuniões bilaterais com seus pares”. O que foi mostrado, até agora, foi exatamente isso, inclusive a visita dele ao vilarejo de Aguillara, Terra onde nasceu seu bisavô, para receber da prefeita Alessandra Buoso – do partido italiano “Liga”, de extrema direita – o título de “cidadão honorário”. Claro que um presidente, que viaja com larga comitiva para participar e representar o Brasil num evento dessa envergadura, será sempre acompanhado pela imprensa MUNDIAL, não?
Por falar em títulos…
Pois é, lá, como aqui no Brasil, não precisa fazer muito para receber títulos honoríficos. Basta ver que Bolsonaro se concedeu, por decreto assinado por ele mesmo nesta quinta-feira e publicado no Diário Oficial, o título de “Grão-mestre da Ordem Nacional do Mérito Científico”. Importante citar que há legislação, desde o Decreto nº 772, de 16 de março de 1992, modificado pelo Decreto nº 4.115, de 6 de fevereiro de 2002 (assinado por fhc), e modificado pelo Decreto nº 10.039, de 03 de outubro de 2019 (assinado por Bolsonaro) versando sobre o assunto. Interessante nisso tudo é que fhc, Lula, Dilma e Temer também são “Grão-mestres” pelos Decretos, pois ele os considera assim, por serem presidentes, certamente.
E por falar em títulos…II
Sim, quando se fala em títulos, no Brasil, se está mexendo com suscetibilidades. Há títulos honoríficos em grande número, notadamente distribuídos pelos poderes executivos e legislativos, cujo valor “honorífico” é muito questionado pela população mortal comum. Jair Bolsonaro, por exemplo, já concedeu DEZ títulos honoríficos a seus familiares. A esposa Michele já foi distinguida com dois. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul concedeu, em abril de 2019, a Medalha do Mérito Farroupilha ao filho do Jair Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro. Em 2021, foi a vez do próprio Jair ser distinguido com a “maior honraria do RS”. Como se percebe, “méritos” é o que não faltam nessas “honrarias”, bastando checar por que e para quem devem ser concedidos.
Até quando?
Claro que a maioria dos quebra-molas têm tamanho ilegal. A ondulação TIPO A, que pode ser instalado onde a velocidade deve ser limitada a 30 km/h, tem sua ALTURA definida em 8 cm (é isso mesmo, OITO CENTÍMETROS), e o COMPRIMENTO de 3,70 m (TRÊS METROS E SETENTA CENTÍMETROS). O quebra-molas TIPO B, de instalação onde a velocidade terá que ser limitada a 20 km/h, tem sua ALTURA LIMITADA em 10 cm e o COMPRIMENTO a 1,50 m (UM METRO E CINQUENTA CENTÍMETROS). E o que determina o artigo 8º é emblemático. Ei-lo: “Art. 8º Deve ser realizada manutenção permanente da sinalização prevista nos art. 6º e art. 7º, para garantir a sua visibilidade diurna e noturna”. Claríssimo, né?
Até quando? II
Agora tente descobrir ONDE existe um quebra-molas que cumpre a legislação, em qualquer lugar. Muna-se de uma lanterna para ver melhor. E tenho insistido nisso porque o motivo é elementar: se nós, povo, que pagamos impostos e os salários daqueles que têm a obrigação de trabalhar em nosso favor, somos OBRIGADOS a cumprir com as leis, POR QUE eles não são? Por que continuam os tachões enfiados no meio das ruas? Por que aquela excrescência instalada na rua General Vitorino, esquina com a Góis Monteiro, numa CURVA, ainda não foi retirada? Até quando “eles” podem e nós não podemos?
Últimas
Primeira: Vamos entender: houve um tempo em que “firulas” administrativas presidenciais foram chamadas de “pedaladas” ou de “contabilidade criativa”. Agora, com a aprovação pela Câmara dos Deputados, da PEC dos precatórios, como chamarão?
Segunda: Sim, alguns dias depois do julgamento das “pedaladas” elas foram legalizadas por ações “regulares” da Câmara. Mas, agora, “explodir o teto de gastos”, já é “legal” por extensão? Ou por “necessidade”?
Terceira: E não é que temos uma “pirralha” brasileiríssima? Pois é! Como nossos representantes na COP26, notadamente Jair Bolsonaro, não se fizeram presentes, eis que surge uma INDÍGENA chamada TXAI SURUÍ para fazê-lo;
Quarta: Como o presidente estava em compromisso em Aguillara, na Itália, Txai Suruí discursou, em INGLÊS, na COP26. Convidada pelos organizadores, foi a única brasileira a discursar no evento, aberto no dia 31 e que irá até o dia 11 de novembro;
Quinta: Sempre é bom lembrar que os indígenas são os verdadeiros DONOS do Brasil. Suas terras lhes foram tomadas pelos portugueses exploradores. Ninguém melhor, pois, para falar sobre a preservação da Amazônia, que lhes está sendo surrupiada;
Sexta: Já a outra “pirralha”, Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg, ativista ambiental sueca, também está na Escócia participando da COP26. Pena que aqueles que deveriam estar lá, dando explicações, se furtaram a comparecer;
Sétima: Com relação ao Bolsa Família, digo, Auxilio Brasil, que, certamente, será estendido a milhões de outros brasileiros, está claro, agora, que não é concedido pelo governo para “comprar votos” ou “popularidade”. É uma necessidade social;
Oitava: A preocupação de alguns países com a COVID19 retornou diante do surgimento de muitos casos. Acontecerá o mesmo no Brasil?
Nona: Hoje, no Beira-Rio, o Inter enterra o Grêmio ou estende uma ponte de apoio. O que teremos? A conferir, depois das 21h, ao final do jogo. Mas, o Inter é, sim, franco favorito.