Vamos cortar gastos?

Que maravilha! “Cortar gastos” é o assunto que supera todos os demais no Brasil. Estados e municípios também fazem parte dessa “campanha antigastos”. Claro que essa “campanha” é pauta de toda a imprensa e de políticos. A imprensa faz o seu papel, que é repercutir a opinião pública. Mas, os políticos são adesistas da “campanha”, desde que não afete A SUA PARTE. Os “nobres” vereadores de Porto Alegre – e de muitos outros municípios brasileiros – se concederam, generosamente, um aumento de 3,69% agora e, em 2025, a “subida” salarial deles será de 29%. Não é uma maravilha isso? Aproveitam a desgraceira de municípios e do Estado do RS para catapultarem seus salários, já abusivos. E ainda há quem tem a coragem, o peito de falarem em CORTAR GASTOS! Meu Deus!

Sim, mas cortar o quê?

Não precisaria pesquisar muito para saber qual é a opinião da população sobre “como e quais gastos” devem ser cortados. Basta ver o custo dos parlamentos municipais, estaduais e federal, bem como de outros setores da área pública. A população, que é quem paga esses “gastos”, é carta fora do baralho na farra com o seu dinheiro, arrecado a fórceps na forma de impostos, taxas, contribuições, etc. Sim, nenhum país do Planeta existiria SEM cobrar impostos. A sociedade organizada só existe graças aos impostos.

Sim, mas cortar o quê? II

Interessante é que quando se fala em “gastar melhor”, em “cortar gastos”, ninguém tem a coragem de dizer ou apontar QUAIS GASTOS PRECISAM SER CORTADOS. Via de regra, os governantes avançam seus “cortes” em áreas nas quais os gastos deveriam ser ampliados, como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e gastos sociais. Há muitos que querem um “Estado mínimo”, mas só até o momento em que PRECISAM do Estado em benefício próprio; precisam do Estado para alavancar seus próprios projetos. Agora, momento em que o nosso Estado precisa de amplo apoio dos poderes públicos, adivinhem QUAIS os gastos que querem “cortar”? Pois é… cada um defende o seu “assado”, puxando as brasas para ele. “Normal”… Será?

Ah, o tal “mercado”!

Já comentei muitas vezes sobre esse ser abstrato conhecido como “mercado”. Qualquer pessoa, com um pouco de interesse, já obteve as informações necessárias para saber “como ele funciona”. Mas, o assunto “mercado” é, via de regra, utilizado politicamente, partidariamente. Os “situacionistas da hora” sofrem ataques dos “oposicionistas da hora”, e nem precisa ser muito estudioso no assunto para perceber isso. Temos um exemplo escancarado para provar. Em determinadas ocasiões se lê e ouve comentários que “A PETROBRÁS PERDEU VALOR DE MERCADO”, com o objetivo de criticar o “governo de plantão”. A Petrobrás, assim como qualquer outra empresa com ações negociadas na Bolsa de Valores é passível de ataques especulativos. E disso até a “tia do pudim” sabe.

Mas…

Mas, os riquinhos do mundo – aqueles que detém fortunas superiores ao PIB de 90% dos países – adoram “brincar” com seu brinquedo favorito, o tal de “mercado”. E quando um presidente, como no Brasil, resolve falar mais do que pode ou deve, eles percebem o momento para intensificar suas “brincadeiras”. Como o dólar é moeda mundial e é a “medida” do poder econômico dos “donos do mundo”, as variações do dólar no “mercado” lhes proporcionam ganhos estratosféricos. A maioria esmagadora da população apenas paga a conta, distante que está desse tal de “mercado”.

O resultado sabemos qual é

Por várias vezes comentei aqui sobre a necessidade de haver assessorias às presidências que contivessem as suas falas, não os deixando “falar de improviso”. Mais recentemente, Bolsonaro e Lula usaram e abusaram do “improviso” para falar demais com objetivo claramente político-partidário. Mas, será que eles não sabem, não percebem o mal que causam a todos com suas falas inconsequentes? Agora, Lula ataca o Banco Central e seu presidente pelos juros absurdos vigentes. Claro que ele tem razão e isso está claríssimo, já que as críticas são unânimes. Mas, por que Lula não age nos bastidores ao invés de publicamente? Será que só ele não percebe que o “mercado” tem mais poderes do que a maioria dos países do mundo, inclusive dos mais poderosos? A nós, humildes mortais, resta paga a conta.

Últimas

Primeira: Ainda sobre o “mercado”, poucas pessoas imaginam o quanto pode representar na conta bancária dos riquinhos um aumento ou queda do valor do dólar, mesmo que sejam alguns parcos centavos;

Segunda: Exemplificando, em 5 mil dólares, 5 centavos de aumento representam apenas R$ 250,00, mas para um milhão de dólares (troco, para os riquinhos), os mesmos 5 centavos significam ganho de 50 mil reais. E isso em poucos minutos. Não é difícil entender a razão dos ataques às moedas dos países, né?

Terceira: Os polos turísticos agem fortemente para recuperar seus protagonismos. O turismo no RS foi seriamente atingido pela pandemia e agora pelas enchentes. Uma das medidas adotadas é, certamente, a que mais irá contribuir para a retomada. Reduzir os preços abusivos cobrados na alimentação e hotelaria é a atitude mais acertada;

Quarta: No dia 11 de julho, quarta-feira próxima, acontecerá a abertura da 32ª EXPOBENTO e da 19ª FENAVINHO, adiadas em maio diante das enchentes. Os eventos, promovidos pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves – CIC/BG – contarão com 450 expositores e mais de 120 shows artísticos;

Quinta: A gastronomia da EXPOBENTO/FENAVINHO estará garantida na praça da alimentação, além das vinícolas e da agroindústria familiar. Todos os espaços dos eventos recebem novidades. É o programa para ser vivido do dia 11 ao dia 21 de julho;

Sexta: É bom saber que os ingressos antecipados, adquiridos até o dia 10 de julho, terão preço de R$ 6,00. Durante os dias da EXPOBENTO/FENAVINHO, o preço será de R$ 10,00 e nos dias 13, 14, 20 e 21, será de R$ 18,00. Então, melhor adquirir ingresso antecipado. Informações pela página www.expobento.com.br;

Sétima: E em Sant´Ana do Livramento o Trem do Pampa terá sua viagem inaugural, em solenidade programada para o dia 13 de julho. A operação do Trem do Pampa será da Giordani Turismo. Mais uma atração turística no Rio Grande do Sul, também em região vinícola;

Oitava: Interessante: o Congresso Nacional cria lei que aplica imposto sobre compras do exterior, a “Taxa das Blusinhas”. Criticas acirradas ao governo. Mas, todos querem EMPREGOS no Brasil e compram do exterior, SEM impostos para cobrir custos com saúde, educação, segurança, etc.? Quem quis tal imposto foi a indústria e o comércio do Brasil, pois a concorrência é desleal. O resto é politicagem rasteira.