AINDA OS PEDÁGIOS
Quem se inteirou sobre o assunto “pedágios” no Rio Grande do Sul, não só pela imprensa, mas pelos sites do governo do Estado deve estar muito preocupado, como eu estou. Quem lembra dos pedagiamentos do antonio brito na década de 1990, deve estar lembrado, também, de dezenas de colunas que escrevi na época, protestando CONTRA o sistema. Eu li todos os editais e tomei conhecimento dos contratos. Aquele sistema – cercamento de TODAS as grandes cidades do Estado – foi um verdadeiro saque contra o bolso dos usuários das rodovias, para não dizer outra coisa mais contundente.
TODOS OS DIREITOS! E OBRIGAÇÕES?
Sim, as felizes concessionárias dos pedágios tinham raríssimas obrigações. A que nos ferrava com o pedágio entre Caxias e Farroupilha foi um belo exemplo do que estou dizendo. Aliás, o pedágio nos foi enfiado goela abaixo pelo brito porque o ex-presidente da CIC/Caxias, empresário Nelço Tesser, vislumbrou a possibilidade de conclusão da Rota do Sol com uma praça de pedágio. Ai um “jênio” do governo do Estado, decidiu aproveitar a ideia e colocou as cancelas entre Caxias e Farroupilha. A Rota do Sol ficou “apreciando o sol”. E os contratos foram feitos por 15 longos e intermináveis anos. Mas, havia quem gostasse dos “pedágios”.
E AGORA?
Bem, agora a paulada será por TRINTA ANOS, graça às ações de alguns “representantes do povo” (entidades e políticos) que participaram das audiências públicas e aceitaram o que foi proposto, SEM sequer fazer reuniões com seus “representados” para ouvir suas opiniões. Assim, o governo “convenceu” e o primeiro leilão (?) com UM participante (?) foi realizado. Era o Bloco 3 dos projetos de pedagiamento, que envolve toda a Serra e municípios do Vale do Caí. Desconto dado sobre as tarifas de pedágios: UM virgula um cagalhonésimo por cento sobre o valor PREVIAMENTE estabelecido no Edital, exatamente como antonio brito fez. E agora? Bem, agora nos, otários pagadores de impostos gigantescos por ter um veículo, serão esbulhados com pedágios de valor abusivo.
MUITO ABUSIVO!
Dia 17 de fevereiro fui para Florianópolis, via RS-122, BR-290 e BR-101. Adivinhem qual foi o pedágio MAIS CARO de todos? Obviamente, o da RS- 122, que era de R$ 6,50 e passou para R$ 11,90 no dia 1º de fevereiro. E isso por um trecho de 39 km (São Vendelino/Portão). No trecho entre Porto Alegre e Florianópolis, de 458 km, paguei OITO pedágios, totalizando R$ 29,90 (tarifas de R$ 5,20 no nosso Estado e de R$ 2,40 (4 praças) e uma de R$ 4,70.
E O CUSTO DISSO?
Isso dá um custo de R$ 0,065 por km rodado, em rodovia de pista dupla, em boas condições. Já na rodovia ESTADUAL, paga-se AGORA (brevemente teremos mais UMA PRAÇA (ou mais?) R$ 11,90, só na ida, e breve será ida e volta. Considerando-se o trecho São Vendelino/São Leopoldo, 88 km, (lembrando que de São Leopoldo a Porto Alegre é rodovia federal, sem pedágio), o custo por quilômetro é de R$ 0,135, ou seja, 108% (CENTO E OITO POR CENTO) mais caro. Imaginem quanto será quando nos enfiarem goela abaixo o pedágio de Carlos Barbosa, ficando dois, ida e volta, chegando a R$ 40,00 a para irmos a Porto Alegre. Se assim ficar, custar-nos-á R$ 0,45 por km rodado. Não é “ótimo” isso tudo? E para quem gosta, o jornal Zero Hora publicou 6ª feira o balanço da concessionária. Vale a pena apreciar, podem crer!
DESASTRES ABSURDOS
O desastre que o Brasil e o mundo viram acontecer no litoral paulista tolheu mais de 60 vidas humanas. Gente humilde que não tinham um pedaço de terra, em local “sem riscos” para condições necessárias para evitar tais desastres. Municípios da região recebem milhões da Petrobrás pelo uso territorial (royalties), algo que milhares de outros municípios brasileiros não têm acesso e esses municípios não investiram essa verba em prol da gente necessitada. Mas, o pior de tudo é ver e ouvir os comentários de “gente do bem e de bem” nas redes sociais, culpando e condenando AS VÍTIMAS. Gente morreu soterrada por ser “culpada”. Meu Deus! Até onde isso irá? Falo dos desastres e de pessoas.
A REGULAÇÃO VIRÁ?
A Comunidade Europeia e os Estados Unidos já estão tratando do assunto “REDES SOCIAIS” e suas fake news. A tal de “liberdade de expressão” foi violentada brutalmente e todos acham que podem TUDO, que as redes sociais são o depósito de agressões, ofensas, calúnias, mentiras, enfim são TERRA SEM LEI. Emitir opiniões, sim! Mas, TODOS deverão ser responsabilizados pelas opiniões alicerçadas em fake news e demais infrações decorrentes. Liberdade com responsabilidade. Simples assim!
Últimas
Primeira: O vereador de Caxias, aquele que disse que “cometeu lapso mental” (já houve quem traduzisse isso de forma jocosa), foi expulso do partido (Patriotas) e já está sofrendo processo de cassação de mandato. Que chance impar de ficar de boca fechada ele perdeu, hein?
Segunda: Nos últimos tempos, com o advento das redes sociais e das fake news por atacado, já ficou claro para quem pensa um pouco, que EMITIR OPINIÕES, sobre qualquer assunto, é entrar em área pantanosa;
Terceira: Sim, acabou o tempo em que “opinião” era coisa pessoal e era respeitada. Hoje, ser “contra”, “a favor” ou “muito antes pelo contrário” é ser alvo da intolerância, de agressões múltiplas. E será assim até que O MUNDO tome medidas contra isso, disciplinando essa, até agora, “terra do vale tudo”;
Quarta: E O PREÇO DA GASOLINA, hein? Entre 12 e 18 de junho de 2022, a Agência Nacional do Petróleo, em levantamento efetuado em mais de CINCO MIL postos no Brasil, encontrou gasolina a até R$ 8,99 por litro, e o diesel a R$ 8,63;
Quinta: Depois, graças à paulada dada nos Estados e municípios, com o Congresso aprovando a redução do ICMS, os preços começaram a baixar, lentamente (como sempre, pois para aumentar é “pra já”), mas baixaram;
Sexta: E impostos federais, em percentuais bem menores que os estaduais, foram zerados, o que beneficiou os consumidores, que ignoraram as consequências aos cofres públicos estaduais e municipais;
Sétima: A queda na arrecadação não foi catastrófica porque o aumento brutal nos preços DE TUDO possibilitou que a carga tributária tivesse até crescimento em 2022, algo que também já ocorreu em 2023;
Oitava: Mas, pensando bem, o que é gasolina a R$ 5,60 (preço máximo que deveria chegar se o aumento fosse apenas pelos impostos federais, até contidos, e pela redução da Petrobrás, para quem já pagou de R$ 7,00 para mais?
Nona: Hoje o Esportivo ressuscita ou morre e amanhã teremos grenal que pouco vale, sem ser para flautas. É um final de semana para fortes emoções futebolísticas, sem dúvidas.