HOUVE UM TEMPO…

Sim, houve um tempo em que qualquer um que ocupasse espaço em algum meio de comunicação, fosse emissora de rádio, televisão ou jornal, era OBRIGADO a pensar duas, três, quatro, mil vezes ANTES de publicar uma notícia ou opinião. Se o fizesse SEM passar pelo “sistema de censura” dos governos militares e alguém não gostasse, a prisão, talvez com torturas inimagináveis, seria o destino do “subversivo”. Era como qualquer um que não concordasse como os governos militares eram qualificados: subversivos. Era proibido ter ideias ou opiniões próprias, contrárias às do “sistema”. E eu vivi esse tempo, ninguém me contou. E está bem documentado para que os céticos se informem.

O QUE MUDOU?

Bem, estamos vivendo sob um “teórico” governo democrático desde 1985, quando o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves como presidente e este veio a falecer antes de assumir. No seu lugar entrou o sempre identificado como “governista”, José Ribamar da Costa Sarney, um apoiador dos militares. O Brasil até começou a viver um período de “democracia controlada”. Sim, controlada, porque os que passaram a governar eram quase todos remanescentes do militarismo e o tinham entranhado. Mas, com o advento das redes sociais, eis que uma “nova ditadura” surgiu: a da INTOLERÂNCIA. Milicias foram surgindo nessas redes, detonando todos os que ousassem DIVERGIR de suas opiniões e palpites. Mudou o quê, mesmo?

MUDOU, SIM!

O que mudou e está escancarado foi a forma da repressão. Antes era feita pelos governos militares, que não admitiam oposições ou pensamentos contrários. Agora, as “milicias” digitais são as que não aceitam opiniões divergentes, por mais alicerçadas em FATOS que estejam ou sejam apresentadas. E a “repressão” são medidas pelas agressões, ofensas e ameaças dirigidas aos que divergem dessas “milicias”. E não são só as político-partidárias.

 VERDADE INDIVIDUALIZADA?

Ela, A “REPRESSÃO”, se manifesta em TODOS os assuntos, desde futebol, religião, política, enfim, em todos os assuntos, notadamente nos que envolvem até o judiciário, no qual 99% da população tem raros conhecimentos, porque desconhecem as leis, inclusive as que lhes dizem respeito diretamente. A politicagem partidária criou exércitos de seguidores, muitos “maria-vai-com-as-outras”, que não se dão ao trabalho de CHECAREM o que recebem nas redes sociais. Repassam, como “inocentes úteis” (muitos nem tão “inocentes” assim), tudo, inclusive o que está claro tratar-se de fake news e o fazem porque estão de “cabeça feita”. Pensar? Checar? Pra quê, se isso coincide com a “minha verdade”, né? Pobre Brasil!!!

ANA AMÉLIA NO CIC

A ex-senadora, jornalista Ana Amélia Lemos, foi a palestrante na reunião-almoço do CIC/BG no dia 23 último. Ela falou sobre vários assuntos, inclusive sobre política partidária, obviamente, pois ela é um agente político, candidata ao senado. Mas, eu a questionei sobre qual a sua opinião sobre a REFORMA TRIBUTÁRIA, já que havia vivido oito anos no Senado Federal e, portanto, conhece muito bem o parlamento. A resposta dela, em síntese, foi a de que “…- não haverá reforma tributária antes de haver a reforma administrativa.”

NINGUÉM TEM DÚVIDAS DISSO

Pois é, a nenhum político, seja prefeito, governador, presidente, deputado, senador ou vereador interessa REDUZIR o tamanho da “máquina pública”, pois teriam reduzida a possibilidade de empregar seus cabos eleitorais, amigos, correligionários e afins, além de ter que enfrentar o corporativismo. Mas, talvez Ana Amélia não tenha abordado a verdadeira reforma que possibilitaria que TODAS as demais reformas fossem concretizadas: A REFORMA POLÍTICA. Algo assim como reduzir o número de partidos para QUATRO, NO MÁXIMO e ACABAR COM A REELEIÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS, criando mandatos de CINCO anos e deu! Alguém tem dúvidas dessa necessidade premente?

AUSÊNCIAS QUE SERÃO SENTIDAS

Temos visto gente muito importante sendo levadas pela morte nesses últimos tempos. Pessoas que não deixaram a vida passar por elas, mas passaram pela vida marcando-a fortemente com as suas presenças. Gente de Bento Gonçalves, da região e do Estado. Nesta sexta-feira, o Rio Grande do Sul perdeu um de seus gênios da imprensa, o jornalista David Coimbra. Perda irreparável, sem dúvidas.

ÚLTIMAS

Primeira: Querer reduzir o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações, sem medidas fortes para conter os gastos públicos dos estados e municípios, é fazer politicagem pífia em ano eleitoreiro;

Segunda: Quem gosta de se manter atualizado por fontes oficiais, não só pelo esgoto de redes sociais, deve estar chocado com as matérias divulgadas pela imprensa sobre o “orçamento secreto” e pela compra de centenas de caminhões para coleta de lixo;

Terceira: Bem, talvez os bem informados não ficaram tão chocados assim, afinal, no Brasil, mudam-se as moscas, mas a merda continua a mesma, apenas em montes maiores e mais fedidos;

Quarta: Glória, glória, aleluia! O asfalto da entrada e saída da cidade pela Pipa Pórtico é recuperado. Uma vergonha para nós aquilo que lá estava;

Quinta: Agora só nos falta força política suficiente para termos acessos à cidade como têm Garibaldi e Carlos Barbosa, não é mesmo? Talvez uns ‘viadutinhos” ou “tuneizinhos” ajudem;

Sexta: Na medida em que se aproximam as eleições, mais nojentas, asquerosas e nauseabundas se apresentam as fake news. Rompem as raias do absurdo e do ridículo as mentiras que são repassas, sem que os repassadores se deem ao trabalho de CHECAREM o que recebem;

Sétima: E os ilegais e proibidos tachões enfiados no meio das ruas da cidade seguem intocados, apenas quebrados pelas rodas de veículos. Motoristas e ciclistas lembram, diariamente, de muitas progenitoras;

Oitava: Ninguém tem mais dúvidas de que o racismo, seja qual for a forma em que se manifeste, precisa ser PUNIDO e com SEVERIDADE. O que está faltando, afinal, para que leis contundentes sejam elaboradas?

Nona: Quando os pedágios e suas tarifas chegarem ao bolso de todos, certamente o marasmo dará lugar a protestos. E ninguém cobrou dos governadores o destino da arrecadação dos quatorze pedágios comunitários;

Décima: Ministro Fux? Prefiro não comentar. É melhor ouvir e ler tudo;

Décima-primeira: Dentro do Grêmio e sua torcida já devem ter percebido que subir para a série A não será tarefa fácil, não é mesmo?