Dada a largada!

E a campanha eleitoral começou, legalmente. A partir de agora, até o dia da eleição, conviveremos com centenas de candidatos à vereança e os candidatos à prefeito. Sabemos bem o nível que as campanhas políticas atingiram a partir de 2002 e recrudescendo em níveis inacreditáveis em 2018, notadamente no âmbito Nacional. Mas, o que dizer das campanhas municipais? Vivi campanhas memoráveis durante muito tempo aqui, em Bento Gonçalves. Os candidatos faziam comícios abarrotados de eleitores, todos querendo ouvir as PROPOSTAS, os PROJETOS de governo de cada um. Candidatos à vereança – cujo mandato NÃO ERA REMUNERADO – visitavam os eleitores para expor, cara-a-cara, suas intenções se eleitos como representantes do povo. Que tempos se vivia! O RESPEITO era a tônica!

E como será?

Pois quem viveu aqueles tempos eleitorais em que o respeito mútuo existia, certamente espera que esses tempos retornem, de uma vez por todas. Os vereadores eleitos têm, há algum tempo, remuneração claramente muito superior ao trabalho que desenvolvem, com uma sessão por semana (é uma por semana desde quando não havia remuneração para os 21 vereadores de então, três funcionários e sem “assessores” e outras coisas mais). E inexistiam Santa Tereza, Monte Belo e Pinto Bandeira que, atualmente, têm nove vereadores cada. E se compararmos a remuneração deles com a de muitos profissionais do serviço público ou privado, escancara-se a discrepância, a começar pela importância para a população. Mas, o assunto é a campanha política, não?

Haverá respeito mútuo?

É o que todos esperam, considerando-se o nível dos candidatos. Ninguém, dotado de bom senso e isento de fanatismos político-partidários e sem “corruptos de estimação”, poderá apoiar agressões verbais ou físicas de qualquer espécie. Bento Gonçalves deve primar pela civilidade, pelo respeito, promovendo campanha política digna de uma população trabalhadora e ordeira. Assim, o que as pessoas “de bem e do bem” esperam dos candidatos é uma campanha limpa, respeitosa, sem agressões de parte-a-parte, na qual as PROPOSTAS DE GOVERNO, os PLANOS DE GOVERNO sejam a prioridade dos candidatos à prefeitura e, também, ao parlamento municipal. Veremos isso? A conferir!

E as fake news?

Pois o Superior Tribunal Eleitoral – TSE – fez acordo com os principais gigantes de tecnologia – Tik-Tok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram – em que intensificarão o COMBATE À DESINFORMAÇÃO, ou seja, às notícias falsas (fake news), buscando eleições justas e democráticas, com PROTEÇÃO ao eleitor contra a MANIPULAÇÃO e ABUSOS DIGITAIS. O Brasil está tomado por gentalha que divulga mentiras, inclusive com vídeos manipulados (chamados de “deepfakes”) com o objetivo imundo e rasteiro de difamar seus adversários políticos.

Fazer o quê?

Nós, que somos, verdadeiramente, “do bem e de bem”, temos o DEVER de denunciar as fakes news e seus autores ou repassadores (os chamados “inocentes úteis”, alguns nem tão “inocentes” assim) às autoridades. Telefones e canais estarão disponíveis para se denunciar. Então, se quisermos honrar nosso caráter e provar que somos, mesmo, “do bem e de bem”, é nossa OBRIGAÇÃO ficarmos atentos às ações da politicanalhada brasileira e seus fanáticos seguidores, denunciando-os. Já é mais do que hora do Brasil ser um PAÍS SÉRIO, habitado por GENTE SÉRIA, não por canalhas mentirosos que fazem tudo para expor seu péssimo caráter. Faça a sua parte! Eu, com certeza, farei a minha, como sempre fiz.

Seria abuso isso?

Nos chega notícias de que, na grande Porto Alegre, vários postos de combustíveis aumentaram seus preços, SEM JUSTIFICATIVA aceitável. A Petrobrás não aumentou coisa nenhuma, então, por que ocorreram esses aumentos? O Ministério Público tem a obrigação de checar isso e informar a população do motivo que levou a esses aumentos. E não é a primeira vez que isso acontece. Basta se pesquisar as datas dos aumentos da Petrobrás e ver QUANDO e QUANTO foi repassado aos consumidores (TODOS nós somos, direta ou indiretamente). Agora constata-se algo fantástico. Aqui, na região da serra, Bento, por exemplo, já tem a gasolina mais barata do que na grande Porto Alegre. E aí?

Caiu a ficha deles?

O Congresso Nacional decidiu promover a reoneração gradual da folha de pagamento dos dezessete setores que, dizem, “são os que mais empregam no Brasil”. Mas, com essas reduções na arrecadação do INSS, QUEM pagará as aposentadorias futuras dos trabalhadores brasileiros? De ONDE sairá o dinheiro, se essas desonerações forem mantidas, mesmo que por pouco tempo? Pois é…

Últimas

Primeira: Quando escrevi na Coluna, há muito tempo, que qualquer presidente teria sérias dificuldades para governar, tendo que “comer na mão” do Congresso Nacional, recebi algumas críticas com argumentos tipo “temos um regime presidencialista, não sabes?”;

Segunda: E agora, aqueles raros que me criticaram, já se convenceram da REALIDADE? As “coisinhas” que a maioria dos congressistas praticam, mesmo as de cunho totalmente contrária a preceitos constitucionais – e eles têm a audácia até de querer “limitar” os poderes constitucionais do STF – já serviram para mostrar do que são capazes?

Terceira: Atualmente, temos maioria de um Congresso Nacional que tomou para si, mesmo contrariando até o que eles mesmos fizeram, o PODER de administrar o dinheiro de nossos impostos sem prestar contas e até se valendo disso para se contabilizar “prestígio eleitoreiro”;

Quarta: Qual é a probabilidade de alguém eleger-se para os parlamentos se terá que superar os já detentores de cargos, cujos valores estratosféricos de nosso impostos lhes são autoconcedidos com “verbas partidárias”, “verbas eleitorais” e, agora, “emendas” de todos os tipos?

Quinta: Interessante é a forma com que os “nobres parlamentares” criticam os gastos dos governos, dizendo que “gastam mal”, se eles mesmos se apropriam de bilhões do Orçamento, inclusive sem a devida prestação de contas, não é mesmo?

Sexta: E a pergunta que não quer calar, meeessmooo, é “até quando pessoas ligadas aos poderes públicos terão o poder supremo de se autoatribuir salários, aumentos e penduricalhos?” Isso aí está tomando proporções que beiram o inacreditável, o inaceitável, o absurdo. Mas, QUEM dará um paradeiro, hein?

Sétima: E outra pergunta: Até quando jogadores de futebol simularão que foram atingidos por um míssil teleguiado quanto, na verdade, o que houve foi um contato normal de um esporte nitidamente de contato, que é o futebol?

Oitava: O que dizer dos fiascos nacionais e continentais promovidos pelo Grêmio e Inter recentemente? O que será que está faltando? Salários mais nababescos ainda? Folhas de pagamento não milionárias, mas bilionárias? Que tal?