É normal?

Eu sempre acreditei – herança educacional de família – que quando houver dúvidas é melhor esclarecer. E se for questionada a sua honorabilidade, exigir e colaborar para apuração até provar a inocência. Mas, pelo que se constata, não é assim que algumas famílias educam e conduzem seus membros. O Flávio Bolsonaro, por exemplo, está sendo investigado por prática de “rachadinhas” (algo que já foi denunciado em Bento há vários anos e não se tem notícias sobre o desfecho) no seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, inclusive contratação de “funcionários fantasmas”, com milionários depósitos contas bancárias da família. Recebeu 1.512 depósitos em sua conta, segundo a imprensa. É normal isso?

E o que ele faz?

Como se não bastasse, uma loja de chocolates que ele comprou, com um sócio – que também já fez denúncias -, também é alvo de investigação pelo Ministério Público por ter imenso número de depósitos na conta, EM DINHEIRO, sem que tenha havido vendas que justifiquem tais depósitos. O MP acha que a loja é para “lavar dinheiro”. E o que o 01 faz, ao invés de EXIGIR que tudo seja esclarecido? Entra com mais de DEZ pedidos de “habeas porcus” para impedir as investigações e outras coisas mais. Como a educação e conduta familiar são diferentes umas das outras, não é mesmo? Conheço muitas que fariam das tripas coração para que TUDO fosse apurado imediatamente. Na do Bolsonaro é diferente.

O outro também?

Mas, eis que agora, o 03, Carlos Bolsonaro, também é investigado pelo Ministério Público por práticas “pouco republicanas” nos seus mandatos como vereador no Rio de Janeiro, desde 2001, tais como contratar funcionários fantasmas. A Rede Globo – agora conhecida entre os bolsonaristas como “Globolixo” e antes, entre petistas, como “Globogolpe” -, fazendo seu trabalho jornalístico, entrevistou alguns desses “funcionários” – que, claro, nem sabiam como explicar – e apresentou dados do Ministério Público (que, segundo os bolsonaros, estava em “segredo de justiça”, algo que eu e milhões de brasileiros gostariam de saber o porquê), mostrando “coisinhas” inacreditáveis.

Velho ditado em voga

E agora, como nos tempos petistas, os bolsonaristas usam os mesmos argumentos ou, sequer argumentos usam, para “acusar” a imprensa. Imprensa boa para eles é só aquela que “bate os cascos” e “aplaude de pé” aos gritos, o nome de seus “ídolos”. A esses fanáticos político-partidários, pouco importa a verdade, os fatos, pois eles têm a sua própria “verdade” e ela é sempre favorável aos seus ideais politicos. O Ministério Público e a polícia federal investiga? Beleza, desde que os envolvidos não sejam seus “amiguinhos”. A justiça condena? Ótimo, merecido…desde que não os condenados não sejam “amiguinhos”. É o velho ditado, aplicado na sua plenitude: “AMIGO NÃO TEM DEFEITOS, INIMIGO, SE NÃO OS TIVER, EU BOTO”. Pobre Brasil!

Reformas?

Muito se tem falado sobre “reformas”. E não é de agora, há décadas se ouve isso, notadamente a partir do governo de fhc, quando a carga tributária do Brasil passou de 24% para 35% do PIB (confiram, por favor). Reforma tributária passou a ser comentada insistentemente, mas havia mais reformas necessárias. A reforma previdenciária entrou na pauta e fizeram uma MEIA-SOLA constrangedora, assim entendida por aqueles que acompanharam a porcaria que aprovaram, com benefícios claros para uma minoria (a que sempre absorve os maiores privilégios) em detrimento da população. Em pouco tempo será escancarada a necessidade de reforma previdenciária AMPLA, TOTAL E IRRESTRITA. Quem viver, verá! Pode anotar aí.

Quais as prioritárias?

Obviamente, as reformas prioritárias deveriam ser a POLITICA e a ADMINISTRATIVA. A reforma política para acabar com as reeleições, em todos os níveis parlamentares e executivos, fixando mandatos em cinco anos. Depois dessa, a reforma administrativa seria aquela que nivelaria TODOS os brasileiros, conforme preconiza a Constituição: “Todos são iguais perante a lei”. Certamente, uma NOVA CONSTITUIÇÃO, elaborada por 250 pessoas de notório saber e apolíticas, é de primeiríssima necessidade. Depois, a reforma política e a administrativa seria barbada de fazer. Daí a REFORMA TRIBUTÁRIA viria ao natural. Mas, falar em reforma tributária agora, ainda mais em plena pandemia, é uma insanidade, com certeza.

Últimas

Primeira: Jovens, acreditem, houve um tempo em que o imposto de veículos era chamada de TRU – Taxa Rodoviária Única – e graças a ela, o Estado construía RODOVIAS pavimentadas e as mantinha, com o DAER trabalhando;

Segunda: Nessa época, ninguém pensava em pedágios, em ICMS de 42,85% sobre a gasolina, em entregar rodovias para os “amigos”, etc. Afinal, o que mudou? Pesquise e descobrirás, meu caro jovem!

Terceira: Marcus Aurelius, imperador de Roma, há 2000 anos, em seus livros (foram 12 livros, no total) “Meditações”, escreveu: “É loucura esperar que homens maus não façam maldades”. E ele sequer imaginaria o que teríamos no Brasil. Acertou na mosca!

Quarta: Flávio Bolsonaro, o 01, disse que não comparecerá à “acareação” com o seu amigo, empresário Paulo Marinho. Por que será? Seria uma bela chance para desmentir o “amigo” que o acusa, cara-a-cara, não?

Quinta: Quem não costuma fazer compras em mercados sequer imagina o que aconteceu com os preços. Quem faz compras, está apavorado!

Sexta: Será que essa tal de Sara Giromini, “ídola dos sem noção”, voltará para de onde não deveria ter saído, a prisão?

Sétima: Quando Lula descobriu a existência de um “dossiê” contra seus desafetos, chamou os que o elaboraram de “ALOPRADOS”. Como serão chamados os que fizeram “dossiê” agora? Aloprados também, ou aliados?

Oitava: Greta Thunberg, a “pirralha” no Brasil, foi recebida pela Chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, e cobrou ações para a redução de combustíveis fósseis. Êta “pirralha” corajosa!

Nona: Inter acelera mais ainda rumo ao título, depois de grande vitória sobre o Atlético Goianense. O Grêmio empata até com o Mengo.