E se fosse comigo?
E se fosse com você? Bem, vejamos a que me refiro. Se nós (eu e você) tivéssemos um filho e ele fosse investigado por irregularidades legais (que podem ser enquadradas no código penal) e envolvesse dezenas de pessoas, inclusive nossas esposas, o que faríamos? Eu EXIGIRIA que as investigações fossem até que todos os fatos fossem apurados e não restasse nenhuma, mas nenhuma dúvida, mesmo, sobre a honorabilidade, a integridade moral e ética de TODOS os envolvidos nas investigações. Mas, eu e você faríamos isso, só que não são todos os que têm esse tipo de comportamento, não é mesmo?
O que eles fizeram
Há mais de 16 meses o assunto é pauta no Brasil e está sendo tratado como “caso político”. O filho número 01 (é assim que ele chama o senador Flávio) está, desde 2018, sendo investigado por suposta prática de “RACHADINHA” quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, e tinha como “operador do esquema” o famosíssimo Fabricio Queiroz, além de supostas contratações “fantasmas” de familiares, também na Assembléia Legislativa. E o que o número 01 fez NOVE VEZES? Entrou com pedido de liminar na justiça para BARRAR AS INVESTIGAÇÕES.
E mais…
O pai, obviamente, sabia e sabe de tudo isso, né? Por que, então, se fossem sem fundamento as acusações, a família não exigiu apuração TOTAL de tudo, visando acabar com as suspeitas?
O tal de Queiroz simplesmente SUMIU, sem prestar depoimento. E, agora se sabe, estava alojado há UM ANO na casa do advogado do presidente Bolsonaro, pai do Flávio. Esse advogado – e eu ouvi, ninguém me contou – falou, em entrevistas, que “não sabia onde estava o Queiroz”. Um advogado mentir faz parte de alguns de seus trabalhos, mas este, pode, Arnaldo? Será que agora, depois de tudo isso, o pai não vai exigir a APURAÇÃO DE TUDO? Ou irá manter o “não é comigo”, mesmo vendo e sentido as repercussões do caso?
Governar é preciso!
Há quem diga que “não querem deixar o Homem governar”. Mas, SEUS PRÓPRIOS aliados o deixam governar? Suas atitudes e discursos diários o deixam governar? A oposição partidária raramente consegue espaço na imprensa (a mesma que era, ANTES, “golpista” para petistas e AGORA é “lixo” para bolsonaristas, comprovando-se que é INDEPENDENTE, apenas), mas seus ministros, como Sales, Damares e Weintraub usam e abusam de declarações bombásticas. E eis que, depois de tantas trapalhadas, o ministro da “inducassão” é demitido e, como “castigo”, Bolsonaro lhe dá uma das diretorias do Banco Mundial, com salário QUINTUPLICADO. É que ele já tem a experiência do Banco Votorantim, que faliu quando era um dos seus “economistas”. Mas, será que o Banco Mundial o aceitará, na boa?
O Tacchini é nosso!
Sim, mas parece que é difícil para alguns entenderem isso. Falta de conhecimento, será? O Hospital Tacchini NÃO TEM DONOS, é da comunidade, é de todos nós. Não distribui lucros – quando existem são reinvestidos nas melhorias de atendimento e resolutividade -, tendo um Conselho de Administração NÃO REMUNERADO. Agora, com a pandemia assolando o mundo, o Tacchini está na vanguarda na defesa da nossa saúde. Como SEMPRE fez e faz, atende a mais de 60% de pacientes do SUS, colocando TODA a sua estrutura à disposição. E como todos DEVERIAM SABER, há MAIS DE TRÊS DÉCADAS o SUS não revisa, não aumenta sua tabela de pagamento dos procedimentos médico-hospitalares. Quem paga esse rombo?
É muito nosso!
Essa pandemia acarretou uma perda de receitas de mais de QUATORZE MILHÕES DE REAIS. Se não fosse o Plano Tacchimed o Hospital não estaria situado como um dos melhores do Estado em resolutividade. Entre verbas recebidas do governo federal, emendas de parlamentares e recursos municipais, o Tacchini recebeu R$ 3.735.000,00, valor este que é liberado somente após a aprovação do Plano de Trabalho pela Secretaria da Saúde e do Conselho de Saúde do Município (cujas reuniões são abertas ao público) e depois de aplicados tais recursos, há a prestação de contas, inclusive ao Ministério da Saúde. O Município tem sido decisivo na obtenção de verbas para o Tacchini minimizar o recrudescimento de suas contas, diante da pandemia. O Tacchini é nosso, muito nosso! E você pode precisar dele a qualquer momento. Respeite-o, portanto!
Direito de Expressão?
Sim, todos têm. Mas, eis o que preceitua a Constituição do Brasil. “Art. 5º: IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Isso já responde aos que “exigem” liberdade de expressão, mas SÃO ANÔNIMOS nas redes sociais. E ofendem, agridem, injuriam, caluniam… Como se viu esta semana, a prisão é o lugar para essa gente.
Últimas
Primeira: O STF foi atacado, ofendido, bem como alguns de seus ministros. Podemos, sim, discordar de algumas decisões judiciais, mas NÃO OFENDER ou AGREDIR com atos e palavras a seus membros. Anarquia não cabe no Brasil nem em lugar algum;
Segunda: Uma ativista extremista de direita entendeu que poderia montar acampamento junto ao Congresso Nacional, chamar o grupo (armado) de “300” (eram uns 30), atacar ministros do STF, jogar fogos contra o prédio, etc., e que tudo era “liberdade de expressão”. Deu a lógica, óbvia: foi presa;
Terceira: Há, em Bento, uma PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: “ONDE, EM QUAIS BAIRROS, ESTÁ O CORONAVÍRUS? Temos dados para identificar os pontos mais vulneráveis? Onde as ações devem ser intensificadas?
Quarta: O Imposto de Fronteira (ou Diferencial do ICMS) que massacra as micros e pequenas empresas, tem Ação de Inconstitucionalidade no STF parada, esperando “as vistas” do ministro Gilmar Mendes, desde NOVEMBRO DE 2018;
Quinta: Como leigo, pergunto, em nome de milhares de prejudicados, certamente: Não cabe um pedido de LIMINAR, por uma entidade representativa, para que seja julgada, de uma vez por todas, essa Ação?
Sexta: Há casos de obtenção do “auxílio emergencial” indevidos que estão sob análise. É melhor checar a lista disponível no Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) e ver se seu nome não foi usado indevidamente. Muitos foram prejudicados por isso. Olho vivo, pois!
Sétima: Enquanto isso, as reservas cambiais brasileiras, “colchão” para superar dificuldades, despenca; o “impostômetro” estava ontem em 959 bilhões de reais e o “sonegômetro” em 293 bilhões de reais. Mudou o quê, no Brasil?