Até quando, mesmo?

Já ultrapassamos todos os limites de possibilidades de tolerar. Víamos, com frequência, crimes contra pessoas adultas e adolescentes, praticados por bandidos da pior espécie que, presos, eram e são soltos alguns dias depois e voltam a praticar os mesmos delitos. Mas, o que tem sido noticiado pela imprensa regular, rádios, TVs e jornais, nos últimos dias, supera tudo o que já se viu, em termos de absurdos inomináveis. Duas mães, uma de Guaíba e outra de Novo Hamburgo, teriam assassinado suas filhas de 7 e 9 anos. Mães matando as próprias filhas, ainda crianças? Inacreditável!

O código de leis

Foram ambas presas. Sim, mas e daí? As crianças voltarão à vida? Obviamente, não! Essas “mães” têm direito a permanecerem vivas, esperando serem soltas e viverem normalmente? É isso que nossos parlamentares precisam colocar nas suas pautas, com prioridade absoluta. Ouvi, quando tinha 8 anos de idade, uma pessoa dizer: “- Quem mata perde o direito à própria vida”. Concordei na hora, como criança que era, e continuo convicto de que assim deveria ser a lei. De 1792 a 1750 ANTES DE CRISTO, Hamurabi, governante da Mesopotâmia, criou o primeiro Código de Leis da história. Pois penso que esse código deveria servir da base para todo o mundo, pelo menos em alguns preceitos.

A Lei de Talião

Pois Hamurabi inseriu no seu Código de Leis, que foi criado para ordenar as relações sociais da Mesopotâmia, a base do da Lei de Talião, que previa a punição do criminoso de forma semelhante ao crime cometido. Por ser uma região de passagem de vários povos, os amoritas perceberam que, para manter a ordem nas relações sociais, era preciso criar um código que fosse reconhecido e aplicado pela população. E a Lei de Talião, clara ao determinar seu princípio básico, o “OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE”, serviu muito bem para disciplinar as relações entre os povos.

Não é o que falta?

Então, no meu entender, creio que já passou da hora de Lei de Talião ser inserida na Constituição brasileira. E um plebiscito, com certeza, referendaria exatamente isso. A população brasileira, aquela que é, realmente, “do bem” e “de bem”, concordaria totalmente com a aplicação de Lei de Talião na nossa Constituição. E ela já teria sido aplicada em largamente, diante de escalada da violência por que passamos nos últimos tempos. Então, você, pessoa “do bem” e “de bem”, que também está cansado desses absurdos todos, tem o dever de contatar o parlamentar em quem votou e exigir leis bem mais severas e adequadas aos nossos tempos, usando a base do Código de Leis de Hamurabi. Que tal?

Que tal os pesos?

Tem sido deveras interessante a postura de muita gente, no Brasil e no mundo, sobre fatos idênticos. Na Rússia houve eleição, pela “enésima” vez, do ditador Vladimir Putin. E tivemos, no mundo todo, manifestações de dúvidas sobre a lisura do pleito que o elegeu, por inacreditável maioria. Aqui, na América, o também ditador Nicolás Maduro “conseguiu” reeleger-se presidente da Venezuela. O interessante está sendo o “dois pesos e duas medidas” que muitos estão se valendo para “analisar” as duas situações. Há quem diga que “são leões na Venezuela e gatinhos na Rússia”. Pois é! Pelo que ficou claro, Maduro e Putin não realizaram eleições “democráticas e transparentes”. Então, o poderio mundial deles é o que determina o nível das críticas? Ambas não mereceriam uma análise melhor?

Racismo seletivo?

Chama a atenção de qualquer pessoa, que detenha um mínimo de bom senso, a forma com que fatos semelhantes ou idênticos são tratados. O Grêmio, num jogo contra o Santos, pela Copa do Brasil, na Arena do Grêmio, foi ELIMINADO da competição por “atos racistas” protagonizados por torcedores. Não entendi jamais como “justa” tal medida pelo simples fato de que O GRÊMIO, pessoa jurídica, não tem como fazer isso e as PESSOAS FÍSICAS que o praticaram foram identificadas. Como um CLUBE poderia controlar milhares de pessoas num estádio? IMPOSSÍVEL, obviamente. Por que, então, punir o Clube se o OFENSOR, torcedor, é identificado? O pior é que, até agora, só o GRÊMIO foi punido com exclusão de competição. Muitos pesos e UMA medida? Pois é…

Férias?

Interessantes, também, são os privilégios que determinados brasileiros recebem. Setores específicos de funcionários públicos e assemelhados conseguem leis que lhes concedem férias de 60 dias e mais “recessos” de Natal, de Ano Novo, de julho, de Páscoa, de São Pedro e São João e até “de eleições”. Dizer o quê?

Últimas

Primeira: Começaram ontem as campanhas eleitorais, com propagandas e pela internet. A partir de agora, as redes sociais serão infestadas de fake news e deepfakes, originadas nos porões imundos da politicanalhada brasileira. Sim, haverá bons políticos, honestos e cumpridores das leis, mas…

Segunda: Para quem não sabe, deepfake é uma das formas mais eficazes de enganar, ao colocar, em vídeo, pessoas a exprimirem palavras que nunca disseram, ou mesmo substituir caras, criando, assim, situações falsas. É a imundície da politicanalhada na sua pior demonstração;

Terceira: Mas, pior, meeessmooo, é se saber que muita gente ACREDITA nelas pelo simples fato dessas mentiras irem ao encontro de suas preferências político-partidárias. É a ética e moral seletivas na sua plenitude. “Amigos não têm defeitos, inimigos, se não tiverem, ou coloco” é o lema dessa gente;

Quarta: E já que estaremos em plena campanha para prefeito, que tal cobrarmos dos candidatos que coloquem em suas “promessas” e “planos de governo”, a realização de um ESTUDO, um PLANO VIÁRIO para amenizar o caos do nosso trânsito, que envolva veículos e pedestres?

Quinta: Temos flagrante carência desse Plano há muito tempo. Entrou prefeito, saiu prefeito e o numero de veículos cresceu em proporções geométricas, com as mesmas ruas e avenidas, com intervenções pontuais, a maioria sem o menor sentido prático, já que efetuadas por pessoas carentes de conhecimentos técnicos e nada de Plano. O resultado se constata diariamente;

Sexta: Sem um Plano Viário, elaborado por quem conhece, conflitos como o que se verifica na frente da Igreja de Santo Antônio continuarão. Ruas com estacionamentos que prejudicam o trânsito, idem;

Sétima: Ah, sim, e com relação à campanha política, a Justiça Eleitoral disponibilizou um aplicativo chamado “PARDAL”, para celulares Android e IOS, bem como o número telefônico 1491 para que os eleitores possam denunciar, sem custo, qualquer INFORMAÇÃO FALSA que precise ser verificada. Então, cabe a nós, eleitores, DENUNCIAR mentiras político-eleitorais. Temos que usar, portanto.