Quem controla, afinal?
Não recordo de haver vivido um tempo tão nebuloso quanto o atual. Nem na ditadura militar, quando sequer opinar se podia, SEM ser censurado, já que boa parte da imprensa chegou ao cúmulo de publicar receitas culinárias em detrimento das notícias, as quais eram previamente “autorizadas”. Saíamos da opressão às ideias e opiniões contrárias ao regime para a libertinagem total e absoluta, mesmo existindo uma Constituição (que eu já qualifiquei como “lixo” por uma série de absurdos que porta em seu texto), em que os “direitos e garantias individuais” estão definidos, mas interpretados ao bel prazer de todos, pois a querem sob seu controle.
Precisa mais clareza?
Sim, há que se questionar isso. Será que a justiça brasileira, que tem no Supremo Tribunal Federal – STF – (como é no resto do mundo democrático) seu órgão máximo, pode ser vilipendiada como está sendo? Vou repetir o que determina o artigo 5º de Constituição: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:… IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;… V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;… IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;… X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;… Releia, por favor!
Ou precisa desenhar?
Sim, talvez precise, mesmo, já que AINDA há quem fale em “defender a liberdade de expressão, que é um direito assegurado pela Constituição”, mas utilizam as redes sociais com PERFIS FALSOS, utilizam o ANONIMATO covarde para disseminar calúnias, injúrias, difamações e mentiras contra aqueles que apenas PENSAM ou têm visão diferente sobre alguma coisa, notadamente sobre a nojenta política partidária (mesmo existindo absurdos 36 partidos) que campeia solta no Brasil, destacando-se o “bolsonarismo” e o “lulismo”. Mas, insistem na cantilena da “LIBERDADE DE EXPRESSÃO” para justificar agressões.
Esse fundo tem poço?
Pelo que se constata, não! Quando os ex-presidentes Lula e Dilma foram diagnosticados com câncer, surgiram seres que “torceram” para que morressem e os petistas abominaram, com razão, esses “seres abjetos”. Eis que, agora, o presidente Bolsonaro é diagnosticado como covid19 e surgem outros seres que também “torcem” pela morte dele. É assim que “JUSTIFICAM” tudo no Brasil de hoje: “os outros também fizeram!” Bolsonaro venceu as eleições contra o petismo, mas foi criado o “bolsonarismo” com as mesmas características básicas. É por essas e por muitas outras que continuo insistindo: são irmãos siameses, farinha do mesmo saco.
A hora é essa?
Que o guru do governo, Paulo Guedes, quer porque quer privatizar tudo é óbvio-ululante e ele não cansa de afirmar isso. Mas, com o sucateamento de estatais, como o Correio do Brasil e do setor elétrico, não é temerário privatizar logo agora? Com uma pandemia mundial campeando solta e a economia sofrendo baques imensos? Financiam o setor elétrico em mais de 14 bilhões “porque há prejuízo com a queda no consumo e com inadimplências”, projetando para 2021 o pagamento da conta pelo POVO BRASILEIRO. Afirmei várias vezes que, no Brasil, “PRIVATIZAM OS LUCROS E SOCIALIZAM OS PREJUÍZOS”. Leio que há protestos pelo aumento absurdo nos pedágios. Mas, SÓ AGORA? Escrevo sobre isso desde 1996! E os que babavam dizendo que “era a solução” agora dizem: “Que absurdo”. O povo paga as rodovias e eles faturam os pedágios!
E vai piorar!
Sucatearam o Correio para privatizar. Farão o mesmo com os lucrativos Banco do Brasil, Caixa Federal e Petrobrás? Apostem que sim, pois o mundo quer essas “joias da corroa” e querem pagar bem pouco, como já aconteceu antes, com a Vale do Rio Doce, por exemplo, não esquecendo a CEEE e a CRT. E, certamente, “venderão” os ativos, deixando o passivo para o povo otário pagar, como já fizeram anteriormente. Se o problema é que “os poderes públicos são maus gestores”, POR QUE NÃO SE FALA EM PRIVATIZAR prefeituras, governos estaduais e o federal? A iniciativa privada não administraria melhor, sem folha de pagamento estratosférica? Pois é…
Útimas
Primeira: Nesta terça, dia 14, às 9 h, haverá um debate sobre o setor elétrico, com o professor emérito José Goldemberg, o físico e consultor Roberto Kishinami (iCS) e o coordenador de Energia do IDEC, Clauber Leite. Participarão também o Secretário de Energia do MME, Rodrigo Limp, o Senador Marcos Rogério e o deputado Lafayette de Andrada;
Segunda: A sobreoferta de energia terá como temas do debate; adiantar o descomissionamento das usinas térmicas, quais seriam os benefícios e quais as dificuldades que precisam ser superadas, além de outros;
Terceira: Interessante é que quando há excesso de oferta e redução na demanda, a “lei de mercado” é REDUÇÃO do preço. No setor elétrico, é conceder empréstimos para os fornecedores e o povo pagar, bem como AUMENTAR o preço;
Quarta: Enquanto isso, o ministério público federal pede o afastamento do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, que já havia sido expulso do Partido Novo. Ainda precisam PEDIR seu afastamento do ministério?
Quinta: Aprovada a possibilidade de redução de jornada e de salários. Na iniciativa privada, porque no funcionalismo “a Constituição não permite”, mesmo que ela determine que “todos são iguais”;
Sexta: Na Terra do Trump, voltam atrás em medidas de flexibilização. Aqui, Bolsonaro desobriga uso de máscara e também não usa. Vai ver que eles estão certos;
Sétima: A “nova política” tem algo de “velha”. Empresas estatais têm Conselhos de Administração indicados pelo governo. São 333 civis e 12 militares “parceiros” que recebem “JETONS” (uma remuneração “mui amiga”)para participarem de reuniões;
Oitava: Na política de poucos anos atrás, a “velha” que foi derrotada, isso era chamado de “aparelhamento”, “apadrinhamento”, “toma lá, dá cá”. Agora como chamam?
Nona: Não sei como a chamam, mas sei que quem, da imprensa, dá essas informações, é chamado de “petista”. É o novo “normal”!