Infelizmente, o mundo se vê continuamente em conflitos bélicos que permeiam nossa sociedade desde sempre. O instinto da sobrevivência ensinou a todos os animais que é necessário ser forte para sobreviver. Quando falo em ser forte, não necessariamente em força física mas pode envolver força monetária, força via conhecimento, tecnologia, inovação e política.
As guerras atuais pareciam que seriam diferentes: guerra-fria, guerra por tecnologias novas, guerra por inovação, busca de melhor qualidade de vida e do consenso entre nações. Grande engano.
Narrativas sempre são apresentadas pelos lados em conflito e, principalmente, pelos grandes meios de comunicação que, hoje mais do que nunca, parecem que definem um lado e seguem cegamente esse lado, muitas vezes esquecendo os outros, as outras opiniões e as outras ideias e visões.
Como sempre, numa guerra, a primeira morte é a da verdade. Normalmente não existe somente uma verdade (a não ser nas ciências exatas) mas as narrativas, numa guerra bélica, podem exceder os campos de batalha pois precisa-se de apoios políticos. Quando envolvem-se países, precisa-se de apoios gerais e da opinião pública.
Reações a ataques terroristas são apresentados, algumas vezes, como terríveis, injustificáveis, e outras vezes como apenas como ações reprováveis. Isso não deveria acontecer mas existem pois muitos são os interesses que, na grande maioria das vezes, não são apresentados e nem entendidos pelas populações não envolvidas em conflito.
O marketing da guerra acredita que “o que não é visto, o coração não sente”. Atrocidades cometidas, quando não mostradas, não são sentidas pelos outros como imagens mostradas de escombros, choros e hospitais cheios. “Quem não é visto não é lembrado” é uma famosa frase do marketing (Patrick Munzfeld) relativo à publicidade de produtos e serviços mas que posso mudar um pouco e utilizar aqui: o que não é visto, não é lembrado. Mesmo sendo mostrado, muitos ainda não acreditam.
Também posso usar outra frase: “areia nos olhos dos outros é colírio”.
Essas frases muito bem podem representar algumas opiniões sobre os conflitos citados acima pois muitos políticos mundo afora e muitos “detentores do poder da grande mídia” (felizmente reduzido um pouco pela internet e mídias sociais) querem que suas opiniões sejam únicas e as adotadas pelos outros. Infelizmente, há guerras e a força bélica gera poder.
Todas as decisões geopolíticas atuais refletirão no futuro. As guerras normalmente expõem países que, outrora, não apresentavam claramente suas opções políticas. Defender um país, necessariamente, não implica em criminalizar outro. Mas criminalizar um implica, necessariamente, em defender o outro.
“Diga-me com quem andas e te direis quem és” é outra frase importante para o Brasil e para todos no mundo atual.
Analisemos o que não é dito e analisemos as decisões de governantes atuais. Lutemos sempre pela paz, que as decisões de nosso país hoje não impliquem em problemas amanhã e que saibamos que a liberdade em todos os sentidos sempre deve prevalecer.
Pensemos nisso e sucesso.