O Governo do Marketing ou o Marketing do Governo?
O governo federal atual, na campanha, fez estrategicamente duas ponderações, na minha opinião, importantes para o futuro de nosso país: a primeira foi de parar o “nós contra eles” e, a segunda, vender que seria formada uma frente ampla com vários partidos para governar o país que até foi formada.
Nenhuma das duas “promessas” foi cumprida pois há ainda uma belicosidade enorme em todo discurso da presidência da república e cúpula do executivo contra opiniões contrárias, inclusive mantendo a polarização contra a direita bolsonarista em tudo e, a tal frente ampla não participa em quase nada na construção de um país melhor.
E o país ainda não tem plano para o futuro, não tem estratégia, não tem políticas para os principais pontos que ainda afligem o povo: segurança, poder de compra, saúde e habitação.
Nomes como Armínio Fraga, Pérsio Arida, Edmar Bacha e Pedro Malan (estes 2 últimos estão entre os criadores do Plano Real) chegaram a se unir em campanha abrindo seu voto a Lula nas últimas eleições. Onde eles estão agora que a economia não está sólida?
Venho escrevendo há algum tempo que o foco do governo federal está na reeleição quando deveria estar na melhoria da vida do povo, num futuro mais sólido, sustentável, com saúde, segurança, educação de primeira e . Para a eleição, vale quase tudo até mudar a estratégia de marketing.
Segundo Lula, criar a narrativa correta é o que deve ser feito.
DESAPROVAÇÃO DO GOVERNO LULA

Fonte: Genial/Quaest – CNN
A desaprovação ao governo atual chegou em seu maior nível. A desaprovação a Lula alcançou seu ponto mais elevado de seus 3 mandatos. E o diagnóstico foi: “temos que mudar o markeging, a comunicação, a propaganda”.
Diagnóstico errado.
Eu avisei. Governos precisam entregar coisas boas para a sociedade e não somente criar narrativas para “propagandear” situações que, para eles, são boas mas que a sociedade não enxerga assim ou, talvez, não dê essa importância toda.
Na economia, o que precisa ser feito é controlar o déficit fiscal, a dívida pública em outras palavras, para reduzir a taxa de juros e reduzir o câmbio. E parar de pensar só na reeleição.
O povo não come reeleição. Queremos estar melhor de vida quando a eleição chegar. Parece que o governo atual não governa pois já entrou pensando em 2026.
Popularidade despencando: mais propaganda.
Preços subindo: mais propaganda.
Insegurança pública: mais propaganda.
Juros aumentando: mais propaganda e críticas ao BC (que agora pararam pois o presidente foi indicado pelo partido de plantão).
Controle da dívida pública: nem pensar, e mais propaganda das benesses.
O populismo do “quanto mais o povo depender do governo, melhor” voltou com tudo.
Isso não é bom.
Esse é o governo do marketing! Fazer só marketing não vai resolver.
Pense nisso e sucesso.
Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor nacional e internacional, professor universitário por 25 anos e proprietário da Prestige Imóveis Especiais.