
DÉBORA FRIZZO – Pró-Reitora do Centro Universitário UniFtec-Bento Gonçalves
Hoje somos bombardeados por cenários futuristas, nas mídias e em publicações acadêmicas, mas muitos não se apoiam em bases sólidas. Projetar o futuro exige identificar os alicerces presentes: recursos, instituições e comportamentos que, hoje, permitem um amanhã mais benéfico.
Entre esses alicerces, a educação formal e o hábito de estudar ocupam posição central. De um lado, deve existir uma oferta educacional qualificada, contínua e alinhada às necessidades sociais e produtivas. De outro, é preciso que os indivíduos cultivem a disciplina do estudo, ampliem repertórios e assumam postura ativa na própria formação. Quando oferta e esforço convergem, cria-se a base para trajetórias profissionais sólidas e para o progresso coletivo.
Em Bento Gonçalves, o Centro Universitário Uniftec ilustra essa articulação entre instituição e cidade. Criado localmente, manteve diálogo constante com a comunidade e formou centenas de profissionais com perfil empreendedor. Hoje oferta cursos de graduação e técnicos nas áreas de Saúde, Gestão, Tecnologia e Engenharias, dispõe de infraestrutura adequada e corpo docente com formação e experiência prática. Suas ações de extensão levam serviços, informação e atividades educativas a escolas, unidades de saúde, empresas e entidades sociais.
Mais que transmissão de conteúdos, o Uniftec estimula posturas proativas: projetos de extensão comunitária, parcerias com o setor produtivo, incubadoras e atividades que conectam saber e fazer. Essas iniciativas tornam o aprendizado relevante para o mercado e para a vida cotidiana, formando profissionais capazes de transformar ideias em soluções concretas.
Exemplos práticos: campanhas de saúde preventiva, oficinas para empreendedores, formação continuada de docentes e projetos de pesquisa aplicada que atendem demandas locais — evidências de que a educação integra o tecido social e econômico, gerando emprego, bem-estar e inovação.
Por isso, eleger o estudo como prioridade política, institucional e individual é uma decisão estratégica de longo prazo. Investir em educação não é apenas ampliar vagas: é qualificar o ensino, conectar a formação às demandas locais, fortalecer a extensão e fomentar a aprendizagem ao longo da vida, medidas coerentes com as diretrizes do Bento+20 para o desenvolvimento municipal.
Estudar amplia autonomia, confiança e capacidade de enfrentar desafios presentes, além de aumentar a probabilidade de inovações que melhorem o cotidiano das pessoas. Em suma: construir um futuro factível depende de educação sistemática e de uma comunidade comprometida com o aprendizado. Porque, como sempre dizemos, o mundo melhora quando alguém se forma.