O ENCANADO ENTROU PELO CANO?
O retorno do vinho encanado mereceu referência e foi decantado, em prosa e verso, em todo o país merecendo até uma ‘bebemoração’ na Via Del Vino. Veio a EXPOBENTO/FENAVINHO sumiu o vinho encanado. Nem mesmo foi levado para dentro dos pavilhões como um acontecimento emblemático. Terminado o evento, que não podemos, ainda, chamar de festa, fomos surpreendidos com o lançamento do vinho encanado dentro de casa noturna de Bento, instituição que, mesmo autorizada ou consentida, maculou a tradição e pioneirismo de Bento em torno do assunto e descaracterizou totalmente a instituição. São coisas de Bento, não, rigorosamente, bem pensadas.
HOMENAGEM A MOYSÉS
Ainda vou falar muito a respeito da FENAVINHO, sou testemunha por trabalhar duro durante a primeira festa, sei muito das angústias da “insanidade laboral” de Moysés Michelon para que a festa fosse um sucesso e foi retumbante. Uma casa na Via Del Vino foi denominada de Moysés Michelon, embora a via e a casa nada tenham a ver com Moysés e sim com RIZZARDO – JOVINO NOLASCO – LUNELLI. Uma autêntica e verdadeira homenagem a Moysés seria denominar a Alameda Fenavinho de Alameda Moysés Michelon, com um ato público solene. Embora tenha sido Milton Rosa, como Prefeito, o adquirente da área e, o Vice, Ervalino Bozzetto tenha avalizado a compra da família Grando, que não sentia segurança de vender para a Prefeitura, a realização da festa dependia de alguém de prestígio e liderança e foi o Pe. Mânica quem convenceu Moysés, a pedido do Prefeito, a aceitar a grande missão comunitária.
O pavilhão original, a área verde, a Alameda, deveriam ser creditadas a esse trio, com denominações e homenagens especiais. O Prefeito Pasin poderia entrar nesse processo histórico se desapropriasse dois imóveis de área verde que circundam o Parque, medida que, com todo o respeito, me parece mais importante do que construir uma mega pista de skate. Outro detalhe: quem passou pela Praça São Bento no sábado à tarde, a viu entupida de gente (não cabia mais ninguém), principalmente crianças, o que demonstra, a par da defesa dos princípios ecológicos, a grande necessidade que temos de um Parque Público na Fenavinho, Parque de Eventos, como devemos chamar aquele espaço que foi criado para ser também do povo, e não é do povo, é só dos eventos. Não há como, a meu ver, a FUNDAPARQUE, instituir e sustentar, paralelo a sustentação e conservação dos pavilhões de eventos, um Parque Público, sem o envolvimento da municipalidade com o fim específico.
O GOVERNADOR LEITE
Muito embora o Governador eleito Eduardo Leite tenha, na campanha, o que os políticos chamam de “estelionato eleitoral”, entendo que se deva respeitar um político quando agrega em torno de si um número de partidos que constituam uma maioria de apoio. Foi o que Leite fez, agregou até o MDB, partido que derrotou nas urnas. Assim, Leite pode mudar o discurso, o que disse que ia fazer não fez e o que não disse que ia fazer fez. É jovem, hábil politicamente, verdadeiro, inspira confiança, circunstâncias que não impedem que os “tratores políticos” feito Heinze, o Senador (PP) e Bolzan, o Presidente do Grêmio (PDT), venham com força rumo a candidatura a Governador através da notabilização, o que espana um pouco o brilhantismo político de Leite. Com a venda da CEEE, SULGÁS E CRM, Leite vai arrumar bilhões, não para investimentos, mas para regularizar o desequilíbrio financeiro do Estado, inclusive quanto ao pagamento de salários. Se, ao final de sua gestão, ele não gastou mais do que arrecadou, estará de bom tamanho.
O desgaste que o Governador vinha sofrendo e que iria enterrá-lo politicamente – falo a respeito das estradas, seus buracos e necessidades de infraestrutura – ele resolveu com empréstimo. Equilibrando o Estado, é possível que o Governador consiga rolar a dívida com a união mesmo sem vender o Banrisul, coisa difícil de acontecer.
A Prefeitura de Bento e o Hospital Tacchini vão se beneficiar com as vendas do Estado, o Hospital, envolto em déficit orçamentários em razão inclusive de não receber o que lhe é devido, vai respirar melhor. E o Prefeito e seus projetos vão ter melhor respaldo do Governador que ajudou a eleger. O que não pode acontecer é o próximo Governador acusar Leite de ter vendido patrimônio para pagar contas e ter continuado a deixar o Estado endividado. Lembro que o Esportivo vendeu, ao longo do tempo, grande parte do patrimônio que tinha para pagar dívidas de gestões mal sucedidas. O Governador e a atual Direção do Esportivo estão, como diriam por aí, “no caminho certo”.
O ÍCONE FIRMINO
Firmino Splendor é um dos ícones de nossos valores humanos ligados à vitivinicultura. Enólogo, oriundo da primeira turma da Escola de Enologia, é quieto, “muito cabeça”, observador, inovador. Cansado ele está, mas realizado também: plantou árvores, parreiras, criou filhos exemplares e, escreveu livros. Não um, dois pelo menos até agora. Um sobre ENOTURISMO e outro, recente, sobre a EPOPÉIA DA UVA ISABEL. Recebo dele um exemplar de cada obra, com um recado: “Para tua leitura Henrique, que a palavra da uva vigorosa, seja o entusiasmo e força na caminhada da vida”. Firmino tem história, quanta gente temos aqui com história e realizações, “escondidas atrás da moita”?
ABSURDO POLÍTICO
PP de Caxias convidou Pasin para ser candidato a Prefeito daquele município. Blefe de mestre? Lance de marketing de Pasin e PP de lá para conseguir votos a deputado? Mais um fato a denegrir a imagem de Bento? Desde quando Pasin teria chance de se eleger Prefeito de Caxias onde MDB, PDT e PT mandam? Os Caxienses vão eleger como Prefeito um bento-gonçalvense? Não estão até hoje lamentando terem eleito uma bento-gonçalvense como rainha da Festa da Uva? O que estará pensando o povo de Caxias sobre seu “líder”, presidente do PP, “esse é o cara”? O Ex-Vice-Prefeito de Caxias e candidato a Deputado, o bento-gonçalvense Antonio Feldmann, manifestou, expressamente, que pensa em ser candidato a Prefeito de Bento. Pasin lá, Toninho cá? Porque é que estou eu aqui falando sobre esse absurdo?