O Brasil está passando por um momento econômico onde muitas situações estão sendo debatidas, algumas sendo encaminhadas mas a grande parte das questões ainda sem solução. Com isso, o crescimento do país, principal fator de desenvolvimento econômico junto com a repartição da renda e da riqueza está ainda indefinido para esse ano e anos seguintes.
Publiquei ainda em janeiro desse ano artigo nessa coluna onde previa muitas dificuldades para o crescimento do país, sugerindo até que talvez o PIB fosse negativo no ano e, se positivo, máximo ao redor de 1%, o que é MUITO POUCO mesmo assim.
Os reflexos dos anos de 2015 e 2016, época do Governo Dilma, priores anos da vida econômica brasileira, ainda se fazem sentir no mercado. A produção do país, naqueles 2 anos, caiu 7% o que mal e mal conseguimos recuperar ano passado graças pequenos mas positivos crescimentos nos anos de 2017-2020 e o bom crescimento ano passado.
Ou seja, em termos de RENDA da população, aqueles anos nefastos de 2015 e 2016 ainda se fazem sentir, pois nossa renda está igual a 2013/2014, anos anteriores à esse período difícil em termos econômicos.
Portanto, passaram-se 10 anos e estamos com renda igual ou menor que em 2013 pelos fatídicos anos do governo Dilma.
Agora, quando tudo parecia perdido, o AGRO SALVA O BRASIL.
O PIB no primeiro trimestre de 2023 foi positivo em 1,9% em comparação ao último trimestre de 2022 mas, o que é mais importante, cresceu 4% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
O PIB do AGRO cresceu 21,6% em relação ao trimestre anterior e 18,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A Indústria, caiu 0,1% e os serviços cresceram 0,6%.
No gráfico, mostro a variação do PIB em relação ao trimestre sempre imediatamente anterior.
No Brasil ( 2022 ), 67% do PIB é representado pelo setor de SERVIÇOS, 23,6% pela INDÚSTRIA e 8,8% pelo setor agropecuário.
Portanto, quem sustentou o país nesses últimos meses foi o setor agropecuário porque tanto indústria, que caiu, como os serviços, que cresceram pouco, não conseguiriam sustentar os números positivos se o crescimento do setor AGRO não fosse tão espetacular.
Esse salto positivo desse agregado macroeconômico não subia tanto num trimestre desde ao ano de 1996, ou seja, há 27 anos não crescia tanto, somente para lembrar.
Isso se deve ao efeito PRODUTIVIDADE no campo, essencialmente, junto à soja, milho, indústria de carnes de frango e gado. Grande parte dessa produção é exportada o que gerará divisas em dólar para o país, situação sempre benéfica em termos futuros para todo governo que está no poder. Divisas em moeda forte são importantes, veja exemplo contrário na Argentina que não tem divisas em dólar e os efeitos negativos que isso gera.
O presidente Lula erra em chamar o setor do AGRO de FASCISTA, erra ao querer empurrar a todos uma narrativa que o setor agropecuário é um mal, que gera desmatamento e queimadas. Aí está um exemplo firme e forte, e que não é o primeiro, onde o AGRO salvou o governo e salva o de Lula nessa arrancada.
Governos, ajudem a construir e gerar emprego e renda no agro, na indústria e nos serviços. Não demonizem os brasileiros e criem condições de trabalharmos em paz, reduzindo a carga tributária e incentivando a todos a gerar riquezas e renda. O melhor plano econômico é o emprego.
Pense nisso e sucesso.