Quase a totalidade (92,4%) dos 116,1 milhões de habitantes do país que acessaram a Internet em 2016 utilizavam aplicativos de troca de mensagens para se comunicar, com exceção do e-mail. Já o correio eletrônico foi utilizado por 69,3% dos internautas. As finalidades para o acesso à rede foram divulgadas no módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação da PNAD Contínua, que levantou dados sobre Internet, celular e televisão.
Outras finalidades para utilizar a Internet identificadas foram assistir a vídeos, programas, séries e filmes (76,4%) e conversar por chamada de voz ou vídeo (73,3%). De acordo com a gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira, o e-mail era considerado a principal razão desse acesso em 2005 e hoje está mais restrito aos processos de trabalho: “esse quadro demonstra que as pessoas priorizam as formas de comunicação mais fáceis e mais rápidas, como as oferecidas pelos aplicativos de celular”, explica.
Apesar de o celular ser predominante (94,6%), outras formas de acessar a Internet são via microcomputador (63,7%), tablet (16,4%) e televisão (11,3%). No Norte e no Nordeste, o uso do microcomputador é mais baixo, o que pode estar relacionado aos menores rendimentos da população e à infraestrutura local. “A renda das residências dessas duas grandes regiões é inferior à das demais, e tanto o microcomputador quanto o serviço de Internet para esse equipamento são mais caros que o celular”.
Banda larga é o principal tipo de conexão nos domicílios
Nos 48,1 milhões de domicílios com acesso à Internet, a pesquisa identificou que 77,3% utilizavam banda larga móvel e 71,4% banda larga fixa, enquanto 49,1% usavam ambos os tipos. No Norte, metade das residências (50,9%) se conectavam à Internet apenas por banda larga móvel. Cada vez mais irrelevante, a conexão discada estava presente em apenas 0,6% dos domicílios.