No dia 20 de dezembro, será inaugurada a nova ponte da BR-116, que liga Caxias do Sul a Nova Petrópolis. A solenidade, marcada para às 10h, celebrará a reabertura do trânsito sobre o Rio Caí após sete meses de interrupção. O evento contará com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, e marcará a conclusão de uma obra aguardada pela comunidade local e pelos motoristas que enfrentaram o bloqueio do trecho desde maio.

A nova estrutura, com 180 metros de comprimento e 13 metros de largura, é um marco no processo de recuperação das rodovias federais no Rio Grande do Sul, após os danos causados pelas chuvas extremas e cheia do Rio Caí. A construção, que tem investimento de R$ 31 milhões, foi concluída dois meses antes do prazo estabelecido, que era fevereiro de 2025. A obra foi realizada pela construtora Cidade, sob a supervisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A estrutura anterior, com 142 metros de extensão, foi severamente danificada pela cheia do Rio Caí, ocorrida em 12 de maio. O colapso da ponte resultou no bloqueio do tráfego no local, causando transtornos para motoristas que precisaram buscar alternativas. Após a tragédia, a travessia foi temporariamente feita pela Ponte da Cooperação, uma estrutura provisória organizada por empresários e moradores da região. Em 27 de junho, a ponte danificada foi implodida com 2 toneladas de dinamite, e, no início de julho, foi dada a ordem para o início das obras de reconstrução.

Desafios e conclusão antecipada

Apesar dos desafios impostos pela natureza e pelo tempo apertado para a execução, a obra foi finalizada em tempo recorde. De acordo com o DNIT, a conclusão das obras chegou a 90% a uma semana da entrega oficial, com apenas os acabamentos finais da ponte, pavimentação dos acessos e sinalização restantes para completar a obra. A empresa contratada trabalhou em dois turnos e até nos finais de semana para garantir que o prazo fosse cumprido.

A nova ponte, que foi projetada para suportar até 45 toneladas, possui uma pista com duas faixas, dois acostamentos e duas barreiras. A largura de 13 metros é 1,5 metros maior do que a estrutura anterior, o que proporciona mais segurança e fluidez no tráfego de veículos. A travessia será dividida em quatro vãos, oferecendo maior estabilidade e resistência à estrutura.

A reconstrução dessa ponte é o último trecho de rodovia federal no Rio Grande do Sul a ser totalmente liberado após os estragos causados pelas chuvas e cheia. Desde o desastre climático, a travessia foi possível, de forma temporária, pela Ponte da Cooperação, que foi instalada para minimizar os impactos do bloqueio. Agora, com a conclusão da nova ponte, o tráfego será totalmente normalizado.

Foto: DNIT / Reprodução