Dado é de Bento Gonçalves, que em 2021 registrou 12 suspeitas para a doença e, em 2022, 82. No Rio Grande do Sul o salto foi de 530%, de 10.591 para 66.759
A dengue é a arbovirose urbana que mais prevalece nas Américas, principalmente no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, a atenção contra a doença tem se intensificado cada vez mais, isto porque a quantidade de casos está crescendo de forma exponencial.
Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), em 2019 foram registados 1.346 casos no estado gaúcho; em 2020, 3.636 pessoas foram picadas pelo mosquito Aedes aegypti e contraíram a doença; em 2021 o número aumentou muito, indo para 10.591 casos confirmados e em 2022, foram 66.759.
Comparando os dados dos últimos dois anos, foi registrado crescimento de cerca de 530,3%.
Em Bento Gonçalves, também se nota uma diferença muito grande. Em 2021, foram 12 notificações com suspeita da doença, sendo duas confirmadas e duas autóctones, além de 10 casos descartados. Em 2022, o aumento foi de 583,3%, com 82 suspeitas na Capital Nacional do Vinho, 25 confirmados, um inconclusivo, 56 descartados e 10 autóctones.
A Vigilância Ambiental do município realiza diversos trabalhos para evitar a proliferação da doença. Entre eles, está o levantamento de índice de infestação mais tratamento, vistorias em pontos estratégicos, levantamento rápido de índice de infestação por Aedes aegypti, instalação de armadilhas ovitrampas e atendimento a denúncias sobre água parada e proliferação de mosquitos, conforme a Assessoria de Comunicação da Prefeitura.
Segundo os dados divulgados, em 2022 foram realizadas mais de mil vistorias em pontos estratégicos, 52.104 visitas a imóveis para levantamento de índice de infestação, instalação de 100 armadilhas para verificação da infestação do mosquito transmissor, além da verificação de denúncias. Também são realizadas pulverizações com inseticida nos pontos estratégicos positivos para Aedes aegypti.
Em 2021, foram encontrados 82 focos de Aedes aegypti no município. Em 2022, o número subiu para 120. “Durante visitação para levantamento de índice de infestação, pode ser usado larvicida nos depósitos que não podem ser eliminados”, explica a Vigilância.