O sétimo dia de buscas do submarino argentino que desapareceu há uma semana, com 44 pessoas a bordo, terminou em suspense. O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, informou na quarta-feira, 22, à noite que navios e aeronaves foram mobilizados para investigar um ruído registrado três horas após a última comunicação do ARA San Juan com a terra.
O boletim oficial da Marinha era esperado com ansiedade. O último contato com o ARA San Juan foi há uma semana, às 7h30min de quarta-feira. Quatro mil pessoas de mais de 10 países estão participando da megaoperação de busca e resgate, mas, após uma semana de buscas intensas, não há rastro da embarcação.
O pior é que o tempo está acabando para um resgate bem-sucedido: debaixo do mar, o submarino tem capacidade de armazenamento de oxigênio por sete dias. Depois, precisa subir à superfície para renovar o ar – mas não ha sinais de que isso tenha acontecido.
A “anomalia acústica” (ou ruído) que está sendo investigada foi registrada três horas após o último contato do submarino com a terra, a 30 milhas ao norte do local onde ele estava. Segundo Balbi, uma aeronave da Marinha brasileira, munida de um detector de “anomalias magnéticas”, vai sobrevoar a área.
Esse mesmo avião foi usado para investigar uma “mancha de calor” detectada na terça-feira à noite, que poderia ser o submarino. Acabou sendo mais um alarme falso. As famílias dos 44 tripulantes estão acompanhando as buscas em Mar del Plata, onde o submarino deveria ter chegado na segunda-feira passada.
Fortes ventos e ondas de até oito metros dificultaram as buscas nos primeiros dias. O tempo melhorou na terça-feira, mas uma tempestade está prevista para esta quarta-feira à noite.