A cidade de Bento Gonçalves amanheceu mais triste nesta quinta-feira, 13, com a notícia do falecimento do renomado músico Gilberto Valduga, mais conhecido como Beto Valduga, aos 80 anos. Com uma trajetória marcada por talento e dedicação à música, Beto deixou um legado inestimável na cena musical local e regional.
Sua jornada musical teve início em 1958, quando se viu envolvido pelo movimento musical efervescente que tomava conta da cidade. Inspirado pelo sucesso do Conjunto do Pedrinho e pelo surgimento do Conjunto do Plínio, Beto decidiu formar seu próprio conjunto musical, o Gilberto Valduga e Seu Conjunto. Ao lado de amigos como Fausto Michelin, Aristides Bertuol Filho e Mário Ferrari, Beto encantou o público com seu repertório eclético, que mesclava os ritmos de Pedrinho com o rock’n roll.
A ascensão de Beto Valduga foi ainda mais notável com a formação do Conjunto Arpége, fruto de uma colaboração com Daltro de Abreu e Fausto Michelin após o fim do Conjunto do Plínio. Ao longo das décadas seguintes, o Conjunto Arpége dominou a cena de bailes no estado, conquistando o coração do público com sua música envolvente e carisma inigualável.
No entanto, antes de alcançar a consagração definitiva, o Conjunto Arpége se dissolveu em 1963, marcando o fim de uma era na música bento-gonçalvense. Mesmo assim, o legado de Beto Valduga e sua contribuição para a cultura local nunca foram esquecidos.
Com sua partida, Beto deixa uma lacuna irreparável na comunidade musical de Bento Gonçalves, mas seu espírito artístico continuará vivo através das memórias e das melodias que encantaram gerações. Seu talento e sua paixão pela música serão lembrados com carinho por todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e apreciar seu trabalho.
O velório iniciou às 13h e segue até às 17h, nas Capelas São José. Ao término do velório, inicia o cerimonial de cremação na própria capela.