O jornalista Rafael Henzel morreu na noite desta terça-feira, 26, aos 45 anos. Henzel era um dos seis sobreviventes na queda do Chapecoense na Colômbia, em novembro de 2016 que deixou 71 mortos, entre jogadores, integrantes da comissão técnica, jornalistas e tripulantes. Henzel teve um infarto enquanto jogava uma partida de futebol em Chapecó, onde morava. Durante o jogo, ele passou mal e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A notícia foi confirmada pela Rádio Oeste Capital de Chapecó, onde o jornalista trabalhava. A emissora afirmou que Henzel costumava jogar futebol com amigos nas noites de terça-feira. E disse também que o jornalista trabalhou normalmente durante o dia.
Depois de ter sobrevivido ao acidente, Henzel chegou a escrever um livro e dar palestras sobre lições de vida aprendidas com a queda do avião.
O corpo do jornalista Rafael Henzel será sepultado hoje, às 16 horas, em Chapecó.
Por meio de nota, a Associação Chapecoense de Futebol prestou homenagem ao jornalista, que narrava suas partidas.
Diante do ocorrido, o clube informou ter solicitado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o adiamento da partida contra o Criciúma, pela Copa do Brasil, em consideração a “tudo que Henzel fez e representou para a Chapecoense, bem como por respeito aos familiares e amigos”.
Segundo a nota divulgada pela Chape, não há clima para a partida prevista para hoje (27), na Arena Condá, em Chapecó.
Também devido à morte de Henzel, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, decretou luto oficial de três dias na cidade.
Henzel nasceu em São Leopoldo (RS). A carreira de radialista teve início na Rádio Oeste Capital FM, quando tinha apenas 15 anos. Após passar por várias rádios e uma TVs locais, iniciou as atividades na Rádio Oeste Capital. Foi comentarista da RBS TV durante a Copa Libertadores da América de 2017. Atualmente, Henzel era jornalista do Grupo Condá de Comunicação.
A experiência no acidente aéreo – que resultou em sete costelas quebradas, pneumonia, lesões e em uma internação de 20 dias, dez dos quais em uma Unidade de Tratamento Intensivo – levou o jornalista a escrever o livro Viva Como se Estivesse de Partida.
O velório de Henzel é realizado no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, localizado no centro da cidade. O enterro será às 16h30 no Cemitério Ecumênico Jardim do Éden.