Afinadas em nossos desejos, agridoces em nossos sentimentos, identificadas em nossas ações, formamos a “tribo” que continua na batalha, embora tenhamos trocado golpes de combate em pé para técnicas de luta no chão.
Compreensível. A Lei da Gravidade impõe sua força, o que não nos impede de ainda darmos algumas rasteiras no destino. A cada “ite” (artrite, labirintite, bursite, apetite…), retrucamos com um embate. Ou com chocolate. A cada “ose” (artrose, arteriosclerose, lordose, adipose…), rebatemos com um chute. Ou com uma Proibida mesmo. A cada tombo mais sério… Bom! Às vezes o uso de bengala é necessário. E assim vamos indo, paradoxalmente fortes e trôpegas, com nossas batalhas internas e externas. Como diz a música, “Não podemos se entregar pros home”.
Nós, admiráveis mulheres maduras, não nos engalfinhamos contra o tempo, mas andamos ao lado dele, sem a antiga pressa e as antigas pressões. Se não podemos fazer todas as coisas que gostaríamos, temos agora a opção de selecionarmos as mais satisfatórias e direcionarmos nossa energia para sua realização. Inclusive um “Coach” – profissional do “Coaching”, que não tem nada a ver com sapo coaxando, disse que… Com licença, antes vou abrir um parêntese, para fins de esclarecimento – toda MMA tem uma certa compulsão para explicações, especialmente se já esteve em sala de aula.
Então: “Coach”, palavra da moda que, na verdade, teve origem no século XVI, significando carruagem. Lá pelos anos mil oitocentos e alguma coisa, o termo virou metáfora. “Do mesmo modo que a carruagem levava as pessoas aos diversos campos geográficos, o Coach era a forma como se chamava o tutor que conduzia outras pessoas pelos diversos campos do conhecimento” (Wikipédia).
Atualmente, o Coaching está mais ligado ao desenvolvimento de competências em áreas diversas, especialmente na empresarial. Até a novela das oito, que começa às nove, usou o tema, de forma bastante questionável aliás – trazer à tona um trauma de grandes dimensões… Psicólogos e psiquiatras devem estar arrepiados. Parêntese fechado.
Como dizia acima, um Coach declarou que se deve assumir apenas as coisas que realmente se pode cumprir; que se deve cumprir o que se assumiu e anotar as coisas que se tem por fazer. Olha a coincidência: este é o nosso lema!
Deu pra ver que nós, MMA, somos antenadas com as mudanças, aproveitamos as novas tecnologias e abrimos espaço para as importações idiomáticas, não sem antes sabermos do que se trata. Está nas nossas veias (por favor, não coloquem acento aberto no “e”), a ânsia de entender as coisas. Deve ser consequência da quilometragem percorrida…
Além disso, temos uma capacidade maior de resiliência (outra palavra da moda), nos adaptando às situações em que nem botox consegue reverter. E evitamos lamúrias, mas se precisamos aliviar o coração, o fazemos junto à cumplicidade de AMM, rindo de nós mesmas e das nossas próprias fraquezas. Ser infeliz pra quê? Quando realmente o pudim desandar – a finitude algum dia chega – poderemos dizer: “Ainda bem que dediquei um tempo para as amizades”.
Por falar nisso, amigas do Polivalente, qual é mesmo o dia de nosso próximo encontro? Esqueci de anotar…