A partir de janeiro, o Brasil deverá receber 15 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. A informação foi anunciada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta quarta-feira, 2 de dezembro, durante audiência no Congresso Nacional. Segundo o chefe da pasta, o imunizante está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com Pazuello, a expectativa é de que as doses cheguem entre janeiro e fevereiro e até o final do primeiro semestre, o país deverá receber 100 milhões. Isso ocorrerá porque, segundo o ministro, o laboratório AstraZeneca, responsável pelo desenvolvimento do imunizante, irá transferir a tecnologia ao Brasil, permitindo assim, a produção em larga escala, a partir do segundo semestre de 221, chegando a 260 milhões de doses até o final do ano que vem.
Conforme o ministro da Saúde, são poucas as empresas fabricantes de vacinas que possuem capacidade de produção em larga escala e um cronograma de entrega efetivo para o Brasil. Ele não descartou a possibilidade do Governo comprar vacinas de outros laboratórios, como, por exemplo, o modelo da Pfizer. “Quando a gente chega no fim das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. Números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias”, explica.
Idosos, profissionais da saúde e indígenas serão os primeiros a serem imunizados no Brasil
Segundo Pazuello, o cronograma de vacinação apresentado pela pasta aponta que os primeiros a receberem as doses do imunizante serão idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas. A meta é iniciar a vacinação em março, com finalização da campanha em dezembro.
De acordo com o ministério, num primeiro momento não há previsão de que toda a população brasileira seja vacinada até o ano que vem.
Foto: Carolina Antunes / Agência Brasil