Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, protocolaram na manhã de sexta-feira, 11, um pedido de cassação para o mandato do vereador Moacir Camerini (PDT). O documento, assinado pelos vereadores Jocelito Tonietto (PDT), Gilmar Pessutto (PSDB), Idasir dos Santos (MDB), Volnei Cristófoli (Progressistas) e Anderson Zanella (PSD), está baseado no relatório final da CPI, que apontou Camerini como o responsável pela disseminação de notícias falsas e “memes” de autoridades do município.
De acordo com o documento protocolado, os vereadores consideram que Camerini violou o decoro parlamentar, infringindo o artigo 7º, inciso III, do decreto de lei 201/1967, que possibilita o pedido de cassação do mandato A denúncia foi feita com base no relatório final da CPI, que acumulou supostas provas de que Camerini disseminava notícias falsas e “memes” de políticos municipais.
Camerini questiona pedido após suspensão dos trabalhos da CPI
Procurado pela reportagem, Camerini informou que está buscando, juntamente com sua assessoria jurídica, cópia do ofício protocolado na sexta. Ele questiona como um pedido de cassação pode ser realizado, visto que os trabalhos da CPI foram suspensos pela Justiça. “Muito me surpreende os vereadores darem sequência em algo que está suspenso. Eu estou convicto de que é uma perseguição política”, afirma.
O vereador diz ainda que todo o processo está atrapalhando o seu trabalho. “Eu preciso deixar de visitar os bairros para vir aqui (na Câmara) responder pedidos e elaborar a minha defesa. Só uma coisa que eu peço: me deixem trabalhar. Tudo começou depois que eu coloquei meu nome à disposição para disputar as eleições do ano que vem”, observa.
Outro pedido de cassação foi protocolado no início do mês
No dia 4 de outubro, um pedido de cassação contra Camerini já havia sido protocolado por Silvanio Waikowski. O documento baseava-se no decreto-lei 201/67, art. 5, que garante que qualquer cidadão pode efetuar denúncia de cassação a prefeitos e vereadores. A solicitação é feita com base nas acusações do que aponta o relatório da CPI. O documento segue em análise pelo setor jurídico da Câmara.