A 22ª edição da Avaliação Nacional de Vinhos comprovou o que era esperado pelos enólogos que degustaram 290 produtos de 58 vinícolas brasileiras: nosso produto terá boa qualidade, mas não chega a ser excepcional. Esta conclusão está nas notas aplicadas pelos especialistas, que chamaram a atenção por nenhuma amostra ter alcançado os 90 pontos, pontuação considerada moderada para os padrões internacionais de qualidade. Problemas com o tempo foram aspectos fundamentais que acabaram prejudicando a maturação do produto.
Apesar da boa qualidade apresentada pelos vinhos selecionados, as notas dos enólogos oscilaram entre 88 e 89 pontos. A explicação para isso é que o excesso de chuvas e a baixa insolação, na maioria das regiões viníferas, resultaram em um quociente de maturação abaixo do normal. Os especialistas têm o conceito de que uva que não amadurece direito, não tem como produzir um vinho excepcional.
Mesmo assim, 850 pessoas participaram do evento, realizado no sábado, 27 de setembro, nos pavilhões da Fundaparque. Os enófilos que participaram da avaliação degustaram 16 das 90 amostras selecionadas pelos especialistas, classificadas entre as 30% mais representativas do Brasil. Muitos participantes destacaram que o problema do vinho brasileiro não é sua qualidade, mas sim o preconceito que existe contra os produtos nacionais.
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