Número de Microempreendedores Individuais aumenta no município em comparação ao ano anterior
Empreender nem sempre é uma tarefa fácil. O processo requer coragem, determinação, muito esforço e preparação. Os desafios são constantes e, apesar das dificuldades, muitos colocam em prática seus planos e sonhos até mesmo nas épocas mais difíceis. Apesar de ser período de pandemia, dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico revelam que houve um aumento no número de microempreendedores individuais, de janeiro a agosto deste ano, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com o Sebrae, nos últimos cinco meses, se tratando de país, houve um crescimento do número de empreendedores que buscaram formalizar seus negócios. Entre 31 de março e 15 de agosto, foram feitos 784,3 mil registros no Simples Nacional. Esse número é 0,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Entre esses novos negócios, a grande maioria deles foi de Microempreendedores Individuais (MEI), com 684 mil registros (quase 43 mil a mais que no mesmo período de 2019).
Em Bento
Traçando um comparativo entre os meses de janeiro e agosto do ano anterior para com este ano, no município, o número de microempreendedores individuais cresceu significativamente. Em 2019, foram abertos 639 empreendimentos nesta modalidade. Em 2020, este número passou para 856. No que tange ao fechamento de empresas MEIs, foram 97 no ano anterior e 112 neste. O saldo total, em 2019, foi de 543 e, neste ano, 744 – 199 empreendimentos a mais. De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Milena Bassani, este número representa um crescimento significativo. “Haja vista que muitos formalizaram suas atividades e buscaram outras alternativas diante da pandemia”, pontua.
Segundo ela, os dados representam que mesmo com a pandemia e algumas incertezas que permeiam, as pessoas tiveram coragem e empreenderam. “É uma visão positiva, pois, mesmo com toda a pandemia e a crise causada por ela, em nossa cidade, as pessoas que têm visão empreendedora, não deixaram de investir e até se reinventaram”, esclarece.
A certeza de estar no caminho certo
Quem tomou a iniciativa e resolveu investir em meio à crise foram as amigas e sócias Daiane Baldo, Daniela Bernardi e Laís Vignatti. Apesar de a ideia já ter surgido há algum tempo, mais precisamente no final do ano, foi somente na pandemia que a proposta tomou ainda mais força. Inquietas por natureza, agora, as microempreendedoras individuais, cada vez mais se conectam com um propósito em comum: o de levar consciência às pessoas, marcas e negócios. “Já atuávamos juntas na área de comunicação, em uma agência de publicidade. Começamos a proposta com o um grupo de meditação, agora em formato on-line, adaptado ao momento, e no ano passado percebemos a importância de separar os negócios montando uma empresa de Branding Consciente. Nossa proposta é inusitada para a Serra e isso é altamente motivador e desafiador na mesma medida”, pondera Daniela.
Segundo ela, apesar de todas as incertezas, não acharam em nenhum momento que este período seria conturbado. “Isso é bem maluco, porque nosso sentimento foi exatamente o contrário e ainda mais latente com a chegada da pandemia. Para nós ficou bem claro que mais do que nunca é preciso se ter consciência do que estamos fazendo, seja você Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, e de como as marcas estão impactando a sociedade. Existe espaço para colaboração, para ser melhor para o mundo e não do mundo”, pontua.
A escolha do MEI foi, mais precisamente, pela questão de burocracia. “Tudo o que fazemos é pensado em como ser mais sustentável e nesse início, para ser economicamente viável, foi optado pelo MEI”, ressalta.