Na segunda-feira, 2 de dezembro, às 18h, a sala da presidência do CIC-BG foi palco de um momento especial: a entronização da foto de Marijane Paese, que presidiu a entidade entre 2022-2023. O evento contou com a presença de integrantes do conselho e diretoria do CIC, sócios, amigos e familiares da homenageada.
Marijane, que marcou história como a primeira mulher a presidir a entidade, destaca em sua fala o orgulho e a responsabilidade de liderar durante um período desafiador, que incluiu a pandemia, enchentes e questões sociais complexas, como os casos de trabalho análogo à escravidão. Durante sua gestão, implantou oito novos projetos e consolidou iniciativas como a Fenavinho, o Natal nos Vinhedos e o InovaBento, contribuindo para a integração da comunidade e o fortalecimento do turismo e da cultura local. “Minha gestão foi plena, atuando na indústria, no comércio e nos serviços, sempre buscando agregar valor à entidade. Hoje, tenho orgulho do que foi realizado e da oportunidade de abrir caminhos para que outras mulheres também possam ocupar este espaço, que não demore mais 100 anos para a próxima assumir”, declara.
Reconhecimento
O atual presidente do CIC-BG, Carlos Lazzari, reforça a relevância do trabalho dela e os desafios de sucede-la. “É uma honra e um marco para nossa entidade realizar a entronização da primeira presidente mulher. Marijane nos entregou uma gestão dinâmica, com coragem e inovação, que nos orgulha e nos desafia a dar continuidade a esse legado”, afirma.
Lazzari destaca a consolidação de eventos como a Envase, o Natal nos Vinhedos e o Inova Bento durante a gestão de Marijane, reforçando o impacto positivo dessas iniciativas para Bento Gonçalves e a Serra Gaúcha. “O difícil é ter a coragem de inovar, e Marijane fez isso com excelência. Somos gratos pela sua resiliência e comprometimento”, complementa.
Uma gestão de legado e inovação
Foto: Nathielly Paz
Além de liderar com resiliência durante um período conturbado, Marijane ressalta o caráter inovador de sua gestão. Projetos como os Jogos Coloniais e o novo formato da Fenavinho, com o bodegão como destaque, trouxeram a comunidade para o centro das ações do CIC-BG, criando um movimento genuinamente comunitário. Ela também destaca o envolvimento direto com projetos culturais e o resgate de tradições, como a valorização da Rota dos Capitéis, um plano que ainda deseja ver concluído. “Ficaram algumas coisas que eu gostaria de ter feito e não consegui finalizar, como a Rota dos Capitéis. Acredito e ainda quero trabalhar muito neste projeto”, revela.
Ela compartilha como a experiência à frente do CIC-BG transformou sua perspectiva. “A Marijane que entrou na entidade não é mais a mesma Marijane que saiu. História não se apaga, e os projetos estão aí, as sementes foram germinadas”, afirma.
Por fim, reafirma seu compromisso com a população e sua disposição em continuar contribuindo de forma voluntária. “Doar para a comunidade um pouco daquilo que a gente tem, daquilo que a gente conhece, é muito gratificante. A gente acaba gostando dessas entregas, dessa realização interior”, concluiu.