Recentes dados revelam uma preocupante realidade para milhões de jovens brasileiros: mais de cinco milhões de pessoas entre 14 e 24 anos não estudam e não trabalham. Esse contingente, conhecido como “nem-nem”, representa uma parcela significativa da população jovem do país.
De acordo com as estatísticas, o número de jovens nessa situação aumentou consideravelmente nos últimos anos. No primeiro trimestre de 2023, eram quatro milhões, enquanto atualmente ultrapassa a marca dos 5,4 milhões. A maioria desses jovens é composta por mulheres, representando 60% do total, muitas delas mães de família com filhos pequenos. Além disso, 68% dessa população é negra, revelando as disparidades raciais que persistem em nosso país.
Apesar de ser um termômetro preocupante, o quadro se agrava ainda mais ao considerar que parte desses jovens nem sequer está em busca de emprego. Somando aqueles que estão desocupados àqueles que nem mesmo procuram trabalho, chegamos a um total de oito milhões e seiscentos mil jovens nessa faixa etária, representando 17% da população brasileira. A região Sudeste concentra a maioria desses jovens, com metade deles residindo no estado de São Paulo.
Por outro lado, é importante destacar que mesmo entre aqueles que conseguem ingressar no mercado de trabalho, uma parcela significativa está na informalidade. Dos 14 milhões de jovens que estão trabalhando, 45% estão em empregos informais, sem acesso aos direitos trabalhistas garantidos pela legislação.
Fonte: Antônio Cruz / Agência Brasil / Reprodução