Encabeçam a lista serviços de telefonia (fixo e móvel), bancos, operadoras de cartões de créditos e eletrônicos

Entre janeiro e dezembro de 2017, foram registradas cerca de 3 mil reclamações no Programa Municipal de Proteção ao Consumidor de Bento Gonçalves (Procon-BG). O balanço de todos os meses divulgado pelo órgão e disponível na pagina da prefeitura – através do link cidadão -, traz a lista com os campeões de denúncias. Ainda segundo os dados, mais de 2 mil problemas resultaram em acordos. Ou seja, foram resolvidos ou o consumidor aceitou a solução apresentada pela empresa. Cerca de 500 reclamações estão em atendimento.

As principais contestações estão associadas a serviços de telefonia (fixo e móvel), bancos, operadoras de cartões de créditos, serviços de combo (telefone fixo + internet+ TV por assinatura) e produtos eletrônicos e eletrodomésticos.
Com o intuito de evitar que as desavenças entre consumidor e empresas aumentem, o Procon sugere a solicitação de nota fiscal ou o contrato de prestação de serviços; garantias; verificação de possíveis defeitos e problemas na própria loja.

Em compras pela internet, o comprador deve ficar atento se o site apresenta dados da empresa como CNPJ, razão social e contatos telefônicos com canal de atendimento – via 0800. Outra sugestão é pesquisar sobre a reputação do site e comentários deixados pelos usuários sobre os produtos.

No relatório do Procon, não há dados específicos sobre reclamações atendidas, não atendidas, arquivadas e em andamento de janeiro do ano passado. Nos documentos não consta o balanço do mês de dezembro de 2017.

O que pensa o consumidor

Na manhã de terça-feira, 6 de fevereiro, o Jornal Semanário conversou com os bento-gonçalvenses para entender de que forma a população soluciona problemas relacionados a serviços e bens de consumo, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, empresas de telefonia e etc.

Dos 10 entrevistados, seis já recorreram ao Procon ou têm amigos e familiares que já solicitaram atendimento, sendo que destes, apenas um não encontrou resolução. Os demais obtiveram soluções direto com as empresas.

Em virtude da minha função de corretora, acabo tendo contato direto com o Procon. Na maioria das vezes, as questões estão voltadas as operadoras de energia elétrica. Em dois dias os problemas são resolvidos. Também já tive problemas com celular. Como foi para a manutenção e voltou, acionei o Procon e em uma semana ganhei um novo. Cristiane Stofel, 30 anos, corretora de imóveis (solução com o Procon)

 

 

Tive problemas com uma loja de departamento ao comprar um produto no ano passado. Solicitei que não tivesse o seguro oferecido pela empresa, mas ao conferir a nota fiscal estava lá uma taxa pelo seguro da empresa. Fui à loja, mas não me atenderam. Então, resolvi procurar o Procon que também não me deu respostas. José Bridi, 70 anos, funileiro aposentado (Não foi atendido pelo Procon)

 

 

 

Há cerca de um mês procuro contato com uma operadora de telefone móvel. Após cancelar o serviço e tentar acertar a conta, sem resultado, liguei para a central de atendimento e de nada adiantou. Agora querem me cobrar juros. Se nesta semana não encontrar uma solução, vou buscar meus direitos com o Procon. Maria Goreti Wrchioki, 59 anos, dona de casa (deve buscar solução)