Em alusão a data, ocorre em Bento uma programação voltada a conscientização quanto a necessidade de proteção a crianças e adolescentes
Maio Laranja visa combater o abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, por conta disso, em Bento Gonçalves, o Comitê Municipal de Enfrentamento de todas as formas de Violência contra Crianças e Adolescente iniciou uma programação alusiva ao mês focado na conscientização quanto a proteção de crianças e adolescentes.
Segundo dados divulgados pela prefeitura municipal, em 2023, o Conselho Tutelar registrou 1.107 casos de direitos violados; a Secretaria de Saúde teve 506 casos que demandaram atendimentos de saúde (Atenção Primária e Secundária); a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) recebeu 422 boletins de ocorrência relacionados a crianças e adolescentes; e a Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social registrou 275 casos que necessitaram de atendimento da Assistência Social via CREAS. Estes números demonstram a necessidade de um mês dedicado ao combate à prática violenta que jovens e crianças sofrem e possam vir a sofrer.
Em Bento Gonçalves, a abertura do Maio Laranja, que seria no dia 10 de maio, foi cancelada devido às fortes chuvas que causaram estragos em todo o estado. No entanto, a programação teve continuidade no dia 17 com o Dia “D” da Prevenção contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com atividades em diversos pontos, como serviços de Saúde, Educação e Assistência Social mobilizados em todos os bairros. Neste sábado, dia 25, das 9h às 12h, ocorre na Via Del Vino a Campanha de Conscientização, com a entrega de materiais informativos e apresentações artísticas dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFVs) e de escolas.
Como denunciar:
Conselho Tutelar:
(54) 3055.8559
Plantão: (54) 99159.5744
DEAM: (54) 3454.2899
Disque Direitos Humanos 100
Origem do dia
O Maio Laranja surgiu após o dia 18 de maio ser o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. A data foi instituída ainda no ano 2000, pelo projeto de lei 9970/00, em homenagem à Araceli Cabrera Sánchez Crespo de oito anos, que neste mesmo dia, em 1978, foi drogada, estuprada e morta, tendo seu corpo carbonizado. O desenrolar do caso foi bastante conturbado, tendo tentativa de incriminar inocentes, pressão para confissões, mortes consideradas suspeitas e fotos da perícia que sumiram. Por fim, a Justiça não condenou ninguém pelo crime.