O Brasil está mal de saúde porque quem está no poder faz de tudo para não largar a “teta”. Parece um reinado onde príncipes e nobres transformaram as cadeiras do governo em tronos hereditários. Deve ser bom, para eles, pois vai de pai para filho por décadas.
Conversando com um candidato a candidato para cargo eleitoral é que fui entendendo a manobra dos políticos. Receberam bilhões que distribuirão em emendas e outros tantos bilhões para gastar em suas próprias campanhas eleitorais. Tudo dinheiro nosso, do povo.
É por isto que agora, estes mesmos que lá estão, aparecem nos municípios distribuindo “favores” como se não fossem obrigações. No jornal está divulgada a presença de um deputado em Pinto Bandeira onde veio “oferecer” um hospital e de troco também uma escola. Este mesmo político ofereceu um campo de aviação em Santa Rosa, cidade que já tem um campo de pouso asfaltado. Em Bento outro político ofereceu onze quilômetros de asfalto no interior.
Justo na época de eleições eles voltam com promessas de campanha sobre necessidades que nos outros anos de mandato deixaram de fazer. É “difícil” provar que é barganha por votos.
E tem mais: já estão em campanha eleitoral, aparecendo nos programas do horário gratuito da propaganda de seus partidos e percorrem os municípios com o dinheiro público. Um cidadão que quer entrar na política precisa usar seus recursos, deixar suas funções remuneradas, largando até o emprego, e se botar a crista para fora já tratam de decapitar o novato com denúncias anônimas.
É por isto que estes políticos se perpetuam no poder.
Uma campanha eleitoral, para quem quer se iniciar no “ramo”, só pode ter a duração de quarenta e cinco dias. Isto mesmo, um mês e meio. Eles, os donos do poder, ficam quatro anos semeando suas próprias reeleições. Se fizessem o trabalho de casa ao invés de se preocuparem com a permanência nos cargos, o Brasil certamente estaria bem melhor. Fizeram “suas” leis: “se la fa e se la manha!”.
Pior é com as tais alianças políticas. A primeira pergunta é: “quanto vou ganhar com isto?”. Aí já começa a maldita da corrupção.
Como candidato a candidato já fui informado que em breve não mais poderei escrever esta coluna. Porca miséria!
Que sufoco.