O julgamento dos acusados de participar do assassinato de Ednaldo Vicente de Oliveira, homicídio ocorrido ainda em maio de 2015, resultou na condenação dos três envolvidos.
O júri acolheu o pedido da defesa, feita pelo defensor público Rafael Carraro, para retirar a acusação de homicídio de Giovani Dácio Galdino Ornelio e Sidnei Merlo, que responderão somente por porte de arma de fogo, pois não foi encontrada uma ligação entre a participação deles e a intenção de matar Oliveira. Ambos foram condenados a três anos de prestação de serviços comunitários e ao pagamento de um salário mínimo.
Em relação a Jeferson Aguimar dos Santos, enteado da vítima, o conselho de sentença do júri retirou a qualificadora do assassinato e considerou o crime como homicídio privilegiado, quando há uma motivação social ou moral para cometer o assassinato, conforme explica o defensor. Assim o crime deixa de ser hediondo e tem a pena reduzida. Ele foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime fechado.
Relembre o caso
Na quinta-feira, 31, aconteceu o julgamento de Giovani Dácio Galdino Ornelio, Jeferson Aguimar dos Santos e Sidnei Merlo, acusados de matar Ednaldo Vicente de Oliveira, em uma parada de ônibus, no bairro Ouro Verde, em Bento Gonçalves. O crime ocorreu no dia 15 de maio de 2015, em uma parada de ônibus, na rua Isidoro Cavedon.
Conforme a denúncia, Oliveira retornava do trabalho, quando foi alvejado com disparos de arma de fogo, efetuados pelo seu entendo Jeferson. Os outros dois envolvidos teriam auxiliado Santos no crime. Durante o julgamento, o enteado da vítima disse que o crime não foi premeditado e que teria ido até o local para conversar com Oliveira, para que ele saísse da casa onde ele residia com a mãe de Santos, que sofria violência doméstica. Segundo o acusado, dias antes de cometer o crime, a vítima teria cortado o cabelo da mãe com uma faquinha e após agrediu-a.
Segundo o enteado, ele teria ido ao local pedir para que Ednaldo saísse de casa antes da expedição de uma medida protetiva, que, conforme Santos, demoraria. No depoimento, o rapaz disse ainda que Ednaldo havia puxado uma faca e, para se defender, ele teria atirado.
Jeferson chegou a ser preso preventivamente após o crime, mas ao apresentar defesa teve sua prisão revogada e aguardou o julgamento em liberdade, assim como os outros dois acusados, que não chegaram a ser presos. O júri foi comandado pela juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo e conta com a participação de cinco mulheres e dois homens.