Piloto bento-gonçalvense de apenas sete anos, conquistou no último final de semana, o segundo lugar no prestigiado Troféu Ayrton Senna de Kart, em uma competição realizada no Speed Park, em Birigui, São Paulo

Joaquim Gehlen Fronza, de apenas sete anos, conquistou no último final de semana, o segundo lugar no prestigiado Troféu Ayrton Senna de Kart, em uma competição realizada no Speed Park, em Birigui, São Paulo. Este evento foi particularmente significativo, pois marcou os 30 anos da perda do icônico piloto Ayrton Senna, tornando a conquista ainda mais especial para o jovem piloto e sua equipe.

A semana da competição também incluiu a participação de Joaquim na CPK, Copa Paulista de Kart, onde ele subiu ao pódio em quarto lugar. “Participamos também, subi no pódio em P4, e isso me fez conhecer bem o traçado e a maioria dos adversários. Isso ajudou muito para a corrida final,” comentou Joaquim, enfatizando a importância do aprendizado contínuo e da familiarização com a pista.

Para o jovem, obter duas ótimas colocações em pouco espaço de tempo o deixa muito realizado com sua trajetória até o momento. “Estou com um sentimento de alegria, e da certeza que meu nome vai ficar marcado na história,” disse Joaquim, e refletindo sobre a importância do evento em homenagem a Senna, ele acredita que o torneio é especial. “Era uma competição em homenagem aos 30 anos da perda do Senna, então era bem importante”, conta.

Competir em uma pista desconhecida foi um dos maiores desafios para Joaquim. Porém a adaptação rápida e a compreensão do traçado eram essenciais para alcançar um bom desempenho. “Certamente o maior desafio para mim e para a equipe toda foi nunca ter andado na pista do Speed Park em Birigui,” revelou.

Antes de cada competição, Joaquim segue uma rotina rigorosa de preparação. “Antes de todas as competições faço uma oração, pedindo que eu consiga atingir os objetivos e principalmente não me machuque,” disse. Ele conta com o apoio de seu preparador Djonatan Dal Magro e do telemetrista Thomas Becker para analisar dados e fazer ajustes no equipamento.

Na corrida final, Joaquim manteve a confiança em suas habilidades. “Na minha cabeça, passava a todo momento que tinha condições de vencer.” As duas últimas voltas foram cruciais para a definição do resultado. “Para mim, com certeza foram as duas últimas voltas, onde tudo se decidiu. A sensação de saber que o trabalho e o resultado viriam foi sensacional,” compartilhou, destacando a emoção do momento.

O ano ainda reserva muitos desafios para Joaquim. “Ainda esse ano, tenho mais cinco etapas da Copa São Paulo Light em Interlagos e além disso, os maiores e principais campeonatos, que são a Copa do Brasil em João Pessoa e o Brasileiro em Birigui SP, mesma pista do troféu Senna,” explicou.

Um dos maiores desafios para Joaquim é conciliar a carreira no kart com a vida escolar e familiar. “Foi a primeira vez que fiquei tanto tempo fora da escola e longe da minha mãe e irmão. É bem difícil ficar longe das pessoas que amamos,” admitiu. No entanto, ele se esforça para manter o equilíbrio, fazendo as tarefas escolares e contando com aulas de inglês particulares.

Apoiado incondicionalmente por sua família, Joaquim reconhece as dificuldades logísticas das competições. “Minha família é a que mais me apoia, a maior dificuldade hoje, é em conseguir conciliar o tempo em função das viagens. São kartódromos em vários estados e as viagens são longas. Tenho treinado pouco justamente porque tenho várias competições e sobra pouco tempo para treinos específicos,” relatou.

Para Joaquim, Ayrton Senna é mais do que um ídolo no automobilismo mas sim, uma pessoa em que ele se inspira diariamente. “Ayrton Senna, além de grande piloto, aprendi que foi uma grande pessoa e com um grande legado,” disse. Ele assiste às corridas, entrevistas e filmes sobre Senna, buscando inspiração no ícone brasileiro.

Joaquim enfatizou a importância do kart como base do automobilismo, e contou seu sonho de um dia ser um piloto de automobilismo. “Tudo no automobilismo começa pelo kart e a base, e eu estou na categoria onde se inicia, que é a mirim,” explicou. Ele também destacou os esforços da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e da Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) no desenvolvimento de escolinhas de kart, essenciais para descobrir novos talentos. “Nessa oportunidade, tivemos o prazer de conhecer o presidente da CBA, e o mesmo tem feito um bom trabalho com as categorias de base. Aqui no Rio Grande do Sul a FGA está em desenvolvimento de escolinhas de kart, esse é o futuro para conhecer novos pilotos”, declara.

Para finalizar, Joaquim deixou uma mensagem inspiradora para todos os jovens aspirantes. “A mensagem que deixo a todos é que nunca desistam, principalmente no esporte. A gente mais perde do que ganha, mas quando chegar a hora da vitória, que seja muito comemorada”, concluiu.