Reclamação foi realizada por empresas dos bairros nas redondezas. O DNIT afirmou que o projeto cumpriu todas as condições estabelecidas para a obra
Não é de agora que, nas obras do túnel de acesso ao bairro São João, na BR-470, são apontadas controvérsias. A construção começou em agosto de 2020 com término previsto para abril do ano passado. Desde então, três adiamentos foram registrados, além de alguns aditivos e demais reajustes elevaram o valor da obra em mais de R$ 4 milhões. Agora, foi aberto um inquérito civil na Promotoria de Justiça Especializada de Bento Gonçalves para avaliar a adequação do projeto viário.
Segundo o a Promotoria local, o inquérito foi recentemente instaurado e a avaliação deve ser para observar se a execução da obra na forma proposta vai oferecer riscos aos usuários da via, quando realizarem manobra de conversão para entrada e saída do posto de abastecimento (Posto Hélio).
A reclamação, segundo o Ministério Público, foi realizada por empresas estabelecidas nos bairros localizados nas redondezas do túnel, de dificuldades de acesso de veículos de carga e transporte no local. “A alegação dos reclamantes é de que veículos pesados com dimensões superiores a 16,8 metros não poderiam circular, sendo que, de acordo com as transportadoras do bairro, teriam como único acesso a Rua Alvi Azul”, informa o órgão.
Os documentos, que procederam do Ministério Público Federal, estão sob análise técnica do Gabinete de Assessoramento Técnico (GAT) do MP, em Porto Alegre, com previsão de retorno para daqui um mês, em 23 de maio.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entretanto, já se manifestou afirmando que o projeto cumpriu todas as condições estabelecidas para a obra. O órgão federal esclareceu que a escolha do projeto é baseada na verificação da maior parte dos usuários da via, tendo como referência veículo tipo CO, denominado por Comercial Rígido, incluindo caminhões e ônibus convencionais de dois eixos e seis rodas.
Por fim, o MP ressaltou que, segundo a avaliação do órgão competente, o DNIT, a escolha das rampas também atende à demanda local.