Uma nova previsão de aumento da inflação foi divulgada pelo mercado financeiro nesta segunda-feira, 13. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projeta que o índice chegue a 8% nesta ano. Esta é a 23ª elevação consecutiva na projeção. A nova atualização fica muito acima do que o Banco Central previa para este ano, que era de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A previsão de aumento é puxada, principalmente, pela elevação no preço dos combustíveis que acabou subindo 0,87% em agosto, considerada a maior inflação para o mês desde o ano 2000. Para os próximos anos, a previsão é de que os índices fiquem em 4,03% (2022), 3,25% (2023) e 3,03% para 2024.
O cálculo para chegar a meta de inflação é realizado por meio da taxa básica de juros, a Selic, que, atualmente, está estabelecida em 5,25%. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2021 em 8% ao ano. Com o aumento da taxa básica de juros, há encarecimento do crédito, dificultando a recuperação da economia. Já quando o Comitê de Política Monetária (Copom), reduz a taxa básica, a tendência é que o crédito fique mais barato e incentiva a produção, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.