O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que, a partir de agora, o pedido de concessão de auxílio-doença deverá passar por uma perícia presencial. Essa decisão foi tomada em resposta ao aumento significativo nas solicitações e concessões realizadas por meio do Atestmed, um sistema online criado para facilitar o processo, eliminando a necessidade de perícias físicas.

O Atestmed foi introduzido com o objetivo de reduzir filas e acelerar os pagamentos retroativos. No entanto, a alta demanda e a concessão expressiva de benefícios através dessa plataforma levaram o INSS a revisar seus procedimentos. A exigência de perícia presencial deve impactar diretamente segurados com doenças do sistema osteomuscular, como a dorsalgia, e do tecido conjuntivo, além de afetar pessoas desempregadas e segurados facultativos.

A dorsalgia, que se refere à dor nas costas, especificamente na região dorsal da coluna vertebral, é uma condição que pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo má postura, esforço físico repetitivo, lesões e doenças degenerativas. Dados recentes do Ministério da Previdência indicam que as dores nas costas foram responsáveis pela maior parte das concessões de auxílio-doença entre outubro de 2023 e setembro deste ano.

Com a nova exigência, especialistas alertam que o acesso ao benefício pode se tornar mais difícil para aqueles que enfrentam problemas de saúde, especialmente em um momento em que muitos estão desempregados e necessitam de suporte financeiro. O INSS se comprometeu a realizar ajustes no sistema para garantir que o processo de concessão seja mais ágil, apesar da necessidade de perícias presenciais.

A medida já gerou repercussão entre os segurados, que se preocupam com a possibilidade de longas esperas nas agências do INSS e o impacto que isso pode ter em suas condições financeiras. O instituto ainda não divulgou um cronograma específico para a implementação total dessa mudança, mas promete manter a transparência e informar a população sobre os novos procedimentos.