Nesta sexta-feira, 16, iniciou-se a operação para retirar do leito do Rio Taquari as embarcações que emergiram após a diminuição do nível das águas, provocada pela abertura das comportas da Barragem Eclusa de Bom Retiro do Sul. As embarcações, uma balsa e um rebocador, foram arrastadas para o rio durante a enchente de maio, quando a balsa colidiu com a ponte que liga Lajeado a Estrela. Imagens do acidente viralizaram na internet e evidenciaram o impacto da colisão.
A empresa Lacel, de São Jerônimo, proprietária das embarcações, está coordenando a operação de recuperação. Jander Heberle lidera a equipe responsável pela retirada. Ele descreveu a operação como complexa, dado o estado atual das embarcações e a localização no rio. “Não é uma operação simples. Vamos fazer o possível dentro das condições das embarcações e do local. Estudaremos a melhor solução para remover estas estruturas e, se possível, restaurá-las para uso futuro,” comenta Heberle.
A operação envolve cerca de 10 pessoas e um grande aparato de equipamentos, incluindo embarcações, maçaricos, geradores e guinchos. De acordo com Heberle, o rebocador será removido com o uso de guindastes devido à sua proximidade com a margem. A balsa, por sua vez, requer um processo mais delicado. Será necessário remover a água de dentro dela, tapar os furos e desvirá-la para permitir sua navegabilidade. “A retirada da balsa pode levar pelo menos três dias e pode exigir ajustes no plano conforme avançamos,” explica.
Atualmente, a balsa está encalhada perto do Porto de Estrela, onde o nível do rio é de aproximadamente um metro de profundidade. O rebocador está localizado próximo à margem de Lajeado, perto do Belvedere. A balsa mede cerca de 35 metros de comprimento por 13 metros de largura e pesa 80 toneladas, enquanto o rebocador tem aproximadamente 15 metros de comprimento por 5 metros de largura e pesa 20 toneladas.
A operação, orçada em cerca de R$ 200 mil, tem como objetivo liberar o rio dessas estruturas e restaurar a condição das embarcações para possível reuso.
Foto: Felipe Nietzke / Grupo A Hora