Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social indica que no primeiro semestre deste ano, 242 novas residências se inscrevem no programa

Em Bento Gonçalves, conforme dados da Secretaria Municipal de Esportes e Desenvolvimento Social (Sedes), 242 famílias foram inclusas do programa social Bolsa Família do governo federal, no primeiro semestre deste ano. O índice corresponde a uma queda de 45,86% em comparação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 447 novos cadastros.

A coordenadora do Cadastro Único da Sedes, Adriane Lazzarotto, esclarece que o fato se deve aos repasses do Auxílio Emergencial – iniciativa criada para amenizar o impacto da economia brasileira. “Desde o início da pandemia, o Ministério da Cidadania tem efetivado ações no sentido de manter e ampliar o acesso ao programa, incluindo a edição de normativas que suspendem repercussões, efetivando bloqueios e cancelamentos em situações muito pontuais. O que ocorreu em significativa escala foi a suspensão de benefícios do Bolsa Família para um determinado número de famílias, a fim de incluir no Auxílio Emergencial, sendo este mais vantajoso”, revela.

A folha de pagamento do programa indica 1.586 famílias em benefício no mês de junho, repassando de forma direta aos beneficiários um montante mensal de R$ 170.518,00, valor este que também tem impacto direto sobre a economia local. O número indica uma cobertura de 99% do total estimado de perfis de pobreza ou extrema pobreza, conforme indicadores do Ministério da Cidadania.

Ao todo, 672 famílias suspenderam o Bolsa Família para recebimento do Auxílio Emergencial. Por conta disso, a quantia do valor médio por família no município é de R$ 107,51. Sem este fator, ficaria em aproximadamente R$ 150,00.

Variação no número de beneficiados

Adriane sublinha que a manutenção do benefício depende de a família manter dados atualizados e dentro dos critérios, do cumprimento das condicionalidades de saúde e educação, dos processos de qualificação cadastral (revisão e averiguação cadastral – cruzamento de dados periódico que confirma ou não a elegibilidade da família para o programa). “A partir disso, é comum haver, continuamente, o desligamento de famílias e inclusão de novas, salvo restrições vigentes no período de pandemia”, acrescenta.

A concessão de benefícios é realizada de forma automática pela gestão federal e depende de alguns fatores em regra: haver famílias cadastradas e habilitadas no sistema de Cadastro Único da disponibilidade de recursos para o programa e do teto de famílias com perfil de pobreza e extrema pobreza estimado para o município pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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