Os números da inadimplência em 2017 apresentaram crescimento de 2%, em comparação a 2016, o que representa um aumento de R$ 200 mil no montante. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira, 20, pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BG). Conforme o relatório, os números revelam pouca variação se comparados aos registrados em 2016.
O montante acumulado por dívidas dos consumidores com o comércio alcançou R$ 11, 2 milhões. Em 2016, esse número chegou a R$ 11 milhões.
No ano passado, os registros no SPC reduziram cerca de 5,6%, destaque para a diminuição de dados envolvendo inadimplência em pagamentos por meio de cheques.
O relatório apresenta ainda uma queda significativa na criação de novas dívidas pelo consumidor: cerca de 23,3%. Se em 2016, o índice era 8,79%, em 2017 ele caiu para 6,74%.
Mudança no perfil do devedor
Se em 2016, a mulheres eram as campeãs em inadimplência, no ano passado foram os homens que lideraram essa lista.
A presença masculina aumentou 2,85% de 2016 a 2017, indo de 34,91% para 37,76%, enquanto a das mulheres retrocedeu esse mesmo índice, caindo de 65,09% para 62,34%.
Cerca de 74% de quem está devendo ao comércio tem idade entre 30 e 64 anos. Porém, os idosos, a partir de 65 anos formam a faixa com maior crescimento em público devedor, representando um aumento de aproximadamente 12%, em relação a 2016. Os valores das dívidas giram em torno de R$ 100 e R$ 250, em 34,50% dos casos.
Segundo o presidente da CDL-BG, Marcos Carbone, os números apontam que há menos consumidores devendo no comércio. Porém, aqueles que estão inadimplentes, seguem na lista por deixar de pagar contas mais altas, aumentando automaticamente o número de valores registrados. “Um dos motivos que podem explicar a redução do indicador de inadimplentes é que as lojas estão mais rígidas para a liberação de crédito, consultando previamente os dados do cliente”, explica.