O nome da comunidade deve-se, possivelmente, a existência de uma pequena imagem de Santo Antônio, esculpida em madeira, que foi entregue aos moradores para permanecer na capela
No interior de Bento Gonçalves, está localizada uma pequena comunidade, conhecida como Santo Antoninho, onde os atuais moradores, assim como os antepassados, são movidos principalmente pela fé. Prova disso é que a construção da primeira e da segunda igreja aconteceu graças a união e empenho das primeiras famílias.
De acordo com o padre Ricardo Fontana, um registro datado em 12 de julho de 1891, comprova a intenção de alguns familiares em erguer uma igreja, no lote rural de número 32. “No documento, Alex Tomazini informava que estava doando 40 metros quadrados para a construção, com a invocação de Santo Antônio”, conta.
A primeira capela foi feita com madeira rachada. A igreja e a imagem de Santo Antonio eram pequenas, o que originou o nome de Santo Antoninho (Santo Antonin). A atual foi inaugurada em 1975, no mesmo lugar da anterior.
Fontana destaca o engajamento na construção de todas as capelas, inclusive na atual. “A paróquia sempre ajudou muito com recursos, acompanhamentos e claro, no período em que o padre Izidoro Bigolin esteve à frente, sendo um dos grandes idealizadores e construtores, junto com a comunidade desta igreja”, elogia.
Morador apoiou construção
Prova viva destes fatos é o aposentado Loris Ferrari, 79 anos. A família dele foi uma das primeiras a chegar na localidade. Cheio de lembranças dos anos que passaram, ele afirma que inicialmente a comunidade era pequena, composta apenas por oito famílias.
Sempre muito envolvido, Loris orgulha-se em contar que foi um dos integrantes que ajudou na construção da igreja. “A construção foi feita com muito trabalho, a comunidade se dispôs a trabalhar, a fazer festas, jantares e assim a gente foi fazendo. Também tivemos bastante doações, na época”, recorda.
Loris, que mora bem em frente à igreja, aponta para ela e afirma: “a primeira também ficava ali, mas era de madeira. Quando fomos ver para reformar, não tinha como, então a gente resolveu colocar as mãos e fazer outra. Em oito famílias não era fácil, pouca gente para trabalhar, mas conseguimos”, comemora.
Comunidade acolhedora
O padre Fontana define que a comunidade carrega no DNA três bases: fé, família e trabalho. “São pessoas trabalhadoras, muito envolvidas, engajadas, que amam a igreja, o catolicismo”, frisa.
Além disso, ele acrescenta que os moradores são muito devotos de Santo Antônio e quase 100% deles frequentam a igreja católica. “A comunidade é pequenina, mas muito carinhosa, a gente se sente muito bem em celebrar com este povo querido, porque amam muito os padres, sabem estar sempre conosco nas horas boas e difíceis também”, conclui.