Bem, começo este artigo definindo inflação como a alta generalizada dos preços em um determinado período. Hiperinflação é a inflação em níveis muito elevados.
As décadas de 1980 até 1994 foram os anos de maiores níveis inflacionários, chegando à hiperinflação na década de 1990 que foi controlada pelo Plano Real. Planos econômicos como o Plano Cruzado ( 1986 ) e outros que se seguiram foram lançados para conter a hiperinflação que realmente chegou a patamares estratosféricos.
Estou vendo alguns comentaristas e matérias em algumas publicações onde há pessoas e empresas preocupadas com a hiperinflação. Isso só pode ser má informação ou tentativas deliberadas de causar pânico ou medo na sociedade e na economia.
Veja o gráfico que estruturei abaixo com alguns índices de inflação antes do plano Real e alguns depois desse plano de estabilização econômica.
Já enfatizei em colunas anteriores que já tivemos inflação de 2.477% em 1993. Nesses anos é que se viveu a hiperinflação. E o Brasil sobreviveu.
Coloquei, também, em colunas anteriores, que há maneiras de buscar o controle da inflação e o que é mais usado é a elevação da taxa de juros. E isso o governo já vem fazendo.
Portanto, não estamos em hiperinflação e muito menos em processo inflacionário sem controle. Há mecanismos que já estão sendo usados e, com a melhoria na oferta de suprimentos globais com a redução dos efeitos nefastos da COVID na economia global, há a tendência da inflação, que está acontecendo no mundo inteiro, ser controlada também por aqui.
Lembre: tivemos 2.477% de inflação em 1993 e sobrevivemos. Não será 9 a 10% agora que colocará tudo por terra.
E para quem acredita que pessoas sem dinheiro e sem comida é uma realidade somente de agora no Brasil, sugiro que assistam ao documentário/curta metragem ILHAS DAS FLORES, de 1989 (só buscar no Google).
Será que muitos não estão fazendo uma tempestade num copo de água?
Pense nisso e sucesso.