Esta é a somatória paga pelo poder Executivo e Legislativo para alguns funcionários apenas neste primeiro semestre
A crise econômica nos últimos anos tornou ainda mais difícil a administração de empresas, da família e não seria diferente no setor público, que teve que lidar com uma considerável baixa de verbas oriundas dos governos na esfera federal e estadual. Uma série de ações foram colocadas em prática por parte do Executivo e também do Legislativo, na intenção de alguma forma a diminuir os gastos ou então, redistribuir esses valores para investimentos. Porém, outros gastos, como as Funções Gratificadas (FGs), seguem sendo pagas e somadas. Tendo como base os seis primeiros meses de 2018, elas custaram aos cofres públicos R$ 290.303,32.
No Legislativo, durante os seis primeiros meses, foram retirados dos cofres R$ 53.304,02 para o pagamento de gratificações. O detalhamento encaminhado pelo financeiro da casa divulga ainda os valores pagos, já com reajuste trimestral de junho. Para as FGs reduzidas, o custo é de R$ 444,47, o valor para a média é R$ 945,10 e para as gratificações consideradas de alta complexidade, o custo aos cofres é de R$ 2.489,52.
No âmbito da Prefeitura, também tendo como base o levantamento do setor responsável, as gratificações pagas aos servidores até o dia 30 de junho deste ano somaram R$ 236.999,30. Este valor é superior ao que o Executivo municipal gastou no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 216.975,30.
De acordo com o Secretário de Administração, Ivan Toniazzi, o pagamento de FGs, se justifica dentro do modelo gerencial de gestão. “A Administração Pública municipal hoje, privilegia o desempenho organizacional, os resultados, e o gerenciamento dos recursos humanos, materiais e financeiros, ou seja, entendemos que na gestão de pessoas, o servidor deva estar apto para desempenhar suas atividades assumindo mais responsabilidades, de modo que a concessão de gratificações justifica-se pela execução de atribuições além daquelas previstas para o cargo, entre elas de chefia, assessoramento e secretariado. E a concessão deste benefício é ainda justificada pela importância, vulto e complexidade das respectivas atribuições, que passaram a ser desempenhadas”, diz.
Questionado se esse valor em FGs poderia ser utilizado para a contratação de novos servidores para cumprir essas tarefas, Toniazzi, foi sucinto. “Contratar mais servidores não irá necessariamente suprir as exigências que as funções necessitam. Além disso, o número de servidores com funções gratificadas também estão sendo reduzidos, assim como já a algum tempo os terceirizados”, explica.